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Chapada: MST oferece cerca de 10 toneladas de alimentos saudáveis durante ExpoVale em Itaberaba

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Nos dois dias de atividade, os moradores do município e visitantes tiveram acessos a alimentos sem agrotóxicos e ações culturais | FOTO: Divulgação/MST |

No último final de semana, sábado (24) e domingo (25), no Parque de Exposições de Itaberaba, na Chapada Diamantina, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) participou da segunda Exposição Agropecuária do Vale do Médio Paraguaçu (ExpoVale) com comercialização de alimentos saudáveis, sem agrotóxicos. Foram oferecidos, durante a 3º Exposição de Produtos da Reforma Agrária, nos dois dias de atividade, cerca de 10 toneladas de alimentos, distribuídos em 25 barracas. Os moradores itaberaenses tiveram a oportunidade de adquirir alimentos e ainda participar de atividades culturais com os cantores da reforma agrária.

Janete Conceição participou da 3ª Exposição de Produtos da Reforma Agrária | FOTO: Divulgação/MST |

Ao caminhar pelas barracas dos trabalhadores sem-terra, os visitantes encontravam também uma diversidade de animais de pequeno porte, plantas medicinais, artesanatos e mel. “Construímos uma trajetória no movimento de produção e organização muito positiva através de boas práticas que o projeto de Reforma Agrária Popular propõe”, explica Janete Conceição, do assentamento Aliança, localizado no município de Boa Vista do Tupim. Conceição conta que a luta pela terra mudou sua vida e que hoje colhe os frutos dessa resistência. “Sou filha de agricultores. Saí de casa muito cedo para trabalhar em casa de família e hoje como assentada no MST me sinto vencedora”.

Aída Ferreira diz que “busca para a vida um futuro sustentável através da produção de alimentos” | FOTO: Divulgação/MST |

Sobre as contradições do modelo de produção do agronegócio, Janete afirma que o latifúndio explora o trabalhador e não produz com qualidade. Aída Ferreira, do acampamento Olga Benário, em Itaberaba, levou para feira mandioca e farinha. Ela diz que a luta pela terra na Chapada Diamantina é marcada por um processo histórico de negação de direitos. “Sou filha de agricultores e no desejo de voltar às minhas raízes, me encontrei no MST, já que nunca tive a oportunidade de trabalhar na terra de maneira digna”, salienta.

“Hoje quero que meus filhos se sintam bem como eu me sentia quando criança”, relembra Aída de sua infância com seus pais. “Busco para minha vida um futuro sustentável através da produção de alimentos saudáveis para criar meus filhos com saúde e assim continuar em luta por uma sociedade diferente para todos”, conclui. A direção do MST na região avalia de maneira positiva a participação das famílias sem-terra nas atividades da ExpoVale em Itaberaba, assim como em edições anteriores, por conta do diálogo estabelecido com a sociedade em torno da produção de alimentos saudáveis e da luta pela terra na região. Com informações do site Voz do Movimento.

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