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Wagner compara contexto atual a golpe de 64 e rejeita discussão sobre candidato substituto a Lula

Wagner afirmou que há uma situação de ameaça à democracia mais complexa, porque em 1964 “rasgaram a Constituição” e o jogo estava “mais claro”, ao contrário de hoje, em que o debate é “hipócrita e cínico” | FOTO: Divulgação/Ascom PT |

De passagem por Curitiba nesta quarta-feira (11), o ex-governador da Bahia Jaques Wagner – que chegou a ser apontado como uma opção dentro do PT no caso da impossibilidade de Luiz Inácio Lula da Silva disputar a eleição – rejeitou, ao menos no momento, fazer uma discussão imediata sobre quem será o candidato do PT ou apoiado pelo partido no caso de o petista não poder concorrer novamente à Presidência.

No ato de apoio a Lula, na frente da Polícia Federal, onde o ex-presidente está preso, o petista ainda comparou o contexto atual que levou à prisão de Lula ao golpe militar de 1964. Wagner afirmou que há uma situação de ameaça à democracia mais complexa, porque em 1964 “rasgaram a Constituição” e o jogo estava “mais claro”, ao contrário de hoje, em que o debate é “hipócrita e cínico”.

Para Wagner, há uma tentativa de “interditar” a presença de Lula na eleição de outubro, o que, em sua opinião, é uma “tentativa de interditar a democracia brasileira”. Ele aproveitou para disparar críticas ao Judiciário nesse processo. “O sistema judiciário brasileiro virou braço político dos segmentos mais conservadores da nação e essa luta não é mais simples, ao contrário, ela é mais cínica e hipócrita do que em 64”, afirmou.

Wagner no acampamento ‘Lula Livre’ no Paraná | FOTO: Ricardo Stuckert |

Sou plano L, de Lula
Mesmo com Lula preso e sem perspectivas de que possa sair da cadeia, além da probabilidade de ficar inelegível, Wagner rejeitou falar em outros nomes que não o do ex-presidente para a sucessão presidencial. Ele disse que essa discussão significa concordar com a “interdição” da candidatura de Lula e que esse não é o momento para fazer esse debate.

“Eu entendo que não é hora de ficar construindo de plano A, B ou C ou D. Eu sou plano L, de Lula, ou plano U, de único candidato para mim”, disse. Wagner afirmou que, somente adiante, se deve fazer essa discussão, momento em que se terá acumulado capital político suficiente para se escolher um candidato, seja dentro ou fora do PT. Para ele, o momento é de acumular energia em defesa da democracia e na busca pela união do que ele chamou de campo progressista.

“Eu não vejo plano B, estou aqui em defesa da liberdade do Lula, porque eu entendo que o homem de 72 anos está sendo punido injustamente”, afirmou. Ele citou que está cedo para fazer esse debate e citou pré-candidatos a presidente de outros partidos, como Guilherme Boulos (PSOL), Manuela D’Ávila (PCdoB), e Ciro Gomes (PDT), como potenciais nomes para suceder o presidente, em caso de ele não poder concorrer.

Wagner, que deve concorrer ao Senado pela Bahia, afirmou que, em caso de Lula não poder se candidatar, não enxerga como “tão automático” a possibilidade de transferência de votos para algum nome que o ex-presidente venha a apoiar ao Planalto. “Já vi Lula apoiar gente e não ser eleito”, afirmou ele, para quem as pessoas começam a discutir para valer o processo eleitoral de 30 a 40 dias antes do pleito. Com informações do Brasil 247.

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