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Falta de combustível pode afetar abastecimento de caixas eletrônicos; greve continua no país

Segundo a empresa, há risco de desabastecimento de caixas eletrônicos por causa da greve dos caminhoneiros se faltar combustível para os carros-fortes | FOTO: Divulgação |

O estoque de combustível dos fornecedores que atendem às transportadoras de valores duram até domingo (27), segundo a TecBan, empresa que administra a Rede Banco24Horas de caixas eletrônicos. Segundo a empresa, há risco de desabastecimento de caixas eletrônicos por causa da greve dos caminhoneiros se faltar combustível para os carros-fortes.

“O fechamento das estradas nos protestos tem menor impacto na circulação do dinheiro, pois os carros-fortes estão sendo autorizados pelos manifestantes a passar pelos pontos de bloqueio. O congestionamento, no entanto, pode prejudicar o abastecimento”, informou a Tecban, em nota.

Mesmo após o anúncio de acordo com o governo nessa quinta-feira (24), caminhoneiros mantêm pontos de manifestação em diversas partes do país. O acordo prevê a suspensão da paralisação por 15 dias. Mas a Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que ainda não registra desmobilização.

Greve continua
O presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, disse nesta sexta (25) não acreditar que os milhares de profissionais que desde a última segunda-feira (21) interditam parcialmente as estradas de quase todo o país voltem à normalidade nos próximos dois dias.

“Este final de semana vai ser para montarmos as estratégias que adotaremos a partir de segunda-feira. Na minha visão, não vamos encerrar o movimento tão cedo”, declarou Fonseca à Agência Brasil. A declaração de Lopes foi dada antes do pronunciamento do presidente Michel Temer, que anunciou há pouco que acionou as forças de segurança para desbloquear as estradas e garantir “a livre circulação e o abastecimento”.

“A barra está pesada. A revolta [dos caminhoneiros] está grande e ninguém está querendo sair [da paralisação]. De hoje para segunda-feira eu vou tentar uma manifestação para resolver [o impasse], mas, para isso, eu vou ter que ter uma conversinha com o governo federal”, acrescentou o sindicalista.

Na última quinta (24), Fonseca deixou uma reunião no Palácio do Planalto enquanto ela estava em andamento. No encontro, nove das 11 entidades representativas do setor de transporte assinaram um acordo com o governo federal para tentar pôr fim à paralisação. Em troca do compromisso da Petrobras manter pelos próximos 30 dias o preço reduzido do óleo diesel nas refinarias e do governo estudar formas de baratear o preço dos combustíveis, as lideranças sindicais que assinaram o acordo prometeram suspender o movimento por 15 dias. A proposta foi recusada pela União Nacional dos Caminhoneiros (Unicam) e pela Abcam, que representa cerca de 700 mil trabalhadores.

“Eu fui lá defender um único item que, a meu ver, é o principal: o fim da cobrança da alíquota do PIS/Cofins e da Cide sobre o óleo diesel”, pontuou o presidente da Abcam, classificando outros pontos da pauta de negociação, como a suspensão da cobrança do pedágio sobre o eixo suspenso, como uma “esmola para caminhoneiros”. Em nota, a Abcam repudiou o acordo assinado. “Ao contrário de outras entidades que se dizem representantes da categoria, a Abcam, não trairá os caminhoneiros. Continuaremos firmes com pedido inicial: isenção da alíquota PIS/Cofins sobre o diesel, publicada no Diário Oficial da União”. Da Agência Brasil.

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