O deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) protestou, na última terça-feira (26), durante pronunciamento no plenário da Câmara, contra a política de tolerância zero à imigração colocada em prática pelo presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, inclusive separando crianças de seus pais. Assunção encaminhou dois pedidos de explicações para o Itamaraty e para a embaixada dos EUA com perguntas referentes às políticas de imigração e sobre a lei que ampara este tipo de atitude do governo estadunidense. Também questionou quanto às medidas que estão sendo tomadas em relação às 51 crianças brasileiras que estão separadas dos pais.
“As crianças imigrantes foram bruscamente retiradas de seus pais e permanecem enjauladas. Segundo relatos, são 51 crianças brasileiras que estão separadas de seus pais e o Congresso Nacional não toma nenhuma atitude efetiva para trazer as crianças de volta para o Brasil. O governo golpista não está sendo ágil na resolução dos problemas das crianças brasileiras e no posicionamento diante de uma grave questão de direitos humanos e dos direitos das crianças e adolescentes. Uma demora angustiante para as famílias”, protesta o petista. A repercussão negativa segue no parlamento brasileiro e Trump já separou à força cerca de 2 mil pais e filhos que cruzam a fronteira do México.
O deputado baiano reforça que o parlamento não deve concordar com isso. “Este Congresso Nacional, quando se trata dos Estados Unidos, fala baixinho, não reage, não se posiciona, mas quando se trata da Venezuela, fala forte, alto. Temos que acabar com isso. Nós temos que ter um Congresso que defenda o Brasil, que defenda o povo brasileiro. Nós não podemos aceitar essa passividade deste Congresso frente a uma grave questão de Direitos Humanos”.
Valmir faz um apelo tanto ao Congresso brasileiro, quanto ao Itamaraty. “É fundamental se posicionar, porque são crianças brasileiras, é nosso dever defendê-las”. Na avaliação do petista, não adianta solicitar atitudes do presidente ilegítimo, Michel Temer, “porque o governo golpista não está preocupado com nada”. A preocupação central dele (Temer), segundo Assunção, é que vai chegar o dia 31 de dezembro e ele vai perder o cargo, “tenho certeza, que a partir daí a Justiça vai cuidar da vida dele”.