A criação de um Centro Estadual de Referência para atender e acompanhar pessoas em tratamento com anemia falciforme, e a ampliação dos atendimentos em unidades de saúde da Bahia, inclusive as Policlínicas, são algumas das demandas defendidas pelo deputado federal Valmir Assunção (PT-BA). O parlamentar baiano apontou para a importância da ampliação na Bahia, considerada ‘área endêmica’ da doença, durante atividade do Programa de Governo Participativo, do pré-candidato à reeleição Rui Costa (PT), realizada em Jequié, no último domingo (22). Conforme o petista baiano, o centro vai ampliar o atendimento e possibilitar uma maior compreensão da doença por parte dos profissionais de saúde.
“Na rede hospitalar da Bahia, quanto mais atendimento ambulatorial tiver, mais estabilizado ficará o número de pessoas atendidas. É importante frisar que o ambulatório ‘previne’ as consequências da anemia falciforme, pois as pessoas já têm a doença. Por isso que o centro que está sendo construído [em fase final de licitação] é importante para os municípios do interior. O estado é uma área endêmica, sobretudo em Salvador, porque tem a hegemonia da população negra, do ponto de vista genético, e que muitas pessoas nem sabem que têm a doença ou têm profissionais da saúde que desconhecem a anemia falciforme”, salienta Assunção. O parlamentar diz ainda que a tendência natural é aumentar os atendimentos por uma subnotificação também.
“É uma política fundamental, defendida pela militância do movimento negro, e isso mostra que o governo está comprometido com a pauta social e racial do movimento. A proposta do governador é que em cada policlínica tenha uma referência para o atendimento para as pessoas com anemia falciforme”, completa Valmir. A criação do Centro Estadual de Referência vai ampliar o estudo com agenda especifica e poderá atender todo o estado. Somente em 2017, o governo baiano atendeu em ambulatórios mais de meio milhão de pessoas (509.622) com a doença. Em 2014 foram pouco mais de 190 mil pessoas. “O centro receberia todas as pessoas do estado, que precisam ser acompanhadas com exames frequentes, profissionais específicos e toda uma estrutura”.