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#Vídeo: Filme sobre mulheres de Nova Redenção tem campanha de financiamento para ser finalizado

O curta nasce da urgência em se falar, cada vez mais, sobre vida de mulheres brasileiras e criar narrativas sobre suas realidades | FOTO: Montagem do JC/Divulgação |

Produzido no início de 2018 por um grupo de estudantes do curso de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), de forma totalmente independente, o curta-metragem documentário ‘Nova Redenção’ retrata o trabalho e a vida cotidiana de três mulheres moradoras da pequena cidade da Chapada Diamantina. O filme se passa em Nova Redenção, cidade que dá nome ao documentário, e é única a ter uma prefeita mulher, dos 16 municípios que compõem a Chapada Diamantina. Inspirado no livro-reportagem ‘A vida que ninguém vê’, de Eliane Brum, o documentário tem uma linguagem sensível ao acompanhar a vida cotidiana de pessoas comuns sob seus aspectos mais humanos.

O filme tem um recorte forte de gênero, ao retratar a vida de mulheres e também de classe, pois acontece numa cidade muito simples do nordeste. O curta nasce da urgência em se falar, cada vez mais, sobre vida de mulheres brasileiras e criar narrativas sobre suas realidades, sobretudo sobre as trabalhadoras do interior do país e que vivem fora dos grandes centros urbanos, onde a maioria dos filmes são feitos.

As personagens
Carla, de 46 anos, é uma costureira que nasceu no Piauí, mas se mudou para São Paulo ainda nova para trabalhar e lá passou sua vida toda. Depois de muitos anos, ela decidiu abandonar a vida na cidade grande e ir morar na Bahia com o marido e Bia, a filha pequena deste último casamento. Carla trabalha como costureira na cidade e também ajuda o marido na plantação e na colheita dos alimentos na roça. Uma mulher muito animada, religiosa e resistente, Carla busca na Chapada Diamantina, um lugar mais tranquilo para viver.

Confira o trailer do filme

Alaíde, de 82 anos, mora com sua irmã Maria, com quem viveu a maior parte de sua vida. Deficiente visual, Alaíde perdeu a visão poucos dias após nascer, o que nunca a impediu de ser uma mulher muito ativa e sonhadora. Ela divide as tarefas domésticas com sua irmã e é a principal responsável pela limpeza da casa. Alaíde é tocadora de pandeiro e participa do grupo de idosos do Centro de Referência da Assistência Social (Cras) de Nova Redenção onde canta canções regionais e também de sua autoria.

Conhecida como “a negona da seresta” – mas que toca todo tipo de música em suas apresentações pela Chapada Diamantina – e a grande voz da banda “Espaço Livre”, Meire, de 54 anos, é uma cantora que vive com sua esposa Raquel, sua principal parceira na vida e na produção dos shows. Apaixonada pela música, ela encontra na arte um lugar de realização e reconhecimento.

Equipe de produção do filme ‘Nova Redenção’ quer terminar a película e apresentar o resultado na cidade chapadeira | FOTO: Divulgação |

A Campanha
O filme, que está sendo montado, entrou em campanha de financiamento coletivo na plataforma ‘Benfeitoria’ para conseguir ser finalizado. Os estudantes pretendem, com o apoio e as contribuições, arcar com os custos de edição de som, correção de cor, inserir ferramentas de acessibilidade (como janela de libras, áudiodescrição e legendagem descritiva), além de conseguir voltar à Chapada Diamantina para lançar o documentário na cidade onde foi gravado e para que as personagens do filme, junto com a cidade, possam assistir e prestigiar suas próprias histórias.

“O documentário nasceu de um desejo pessoal forte de contar a história da minha mãe, Carla, uma mulher nordestina e costureira que passou sua vida em frente às máquinas para conseguir criar e sustentar os filhos. Minha mãe sempre foi uma referência de resistência para mim e é alguém que vive a encontrar esperança em meio ao caos e a desilusão. O filme busca falar sobre as batalhas cotidianas de mulheres e o olhar como instrumento importante e potente de sobrevivência. ‘Nova Redenção’ não é um filme sobre sofrimento ou superação, mas sobre a vida humana e sobre encontrar afeto e esperança onde os olhos, cegados por uma camada de rotina, já não conseguem ver”, diz o roteirista e diretor do filme Rafael Rodrigues. As informações são de assessoria.

Ficha Técnica
Roteiro e direção: Rafael Rodrigues
Direção de Fotografia: Carla Villa Lobos
Produção Executiva: Julia Araújo
Produção Local (Bahia): Ezequiel Alves
Montagem: Igor Moreira, Rafael Rodrigues

Acessa este link e participe da campanha Benfeitoria

Vídeo da campanha

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