As Centrais Sindicais, as Frentes Brasil Popular e o Povo Sem Medo, vão para as ruas no ‘Dia do Basta’, nesta sexta-feira (10), como forma de protesto contra o desemprego e pelo respeito aos direitos conquistados em décadas de luta. Trabalhadores farão paralisações, atrasos de turnos e atos em diferentes regiões do país. O deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) diz que os trabalhadores querem a revogação da reforma trabalhista, restabelecimento da democracia e respeito ao direito de Lula se candidatar a presidente. “A taxa de desocupação praticamente dobrou desde o final de 2014. O país possuía 6,5 milhões de desocupados no final de 2014 e registrou, em maio de 2018, 13,2 milhões de desocupados [taxa de desocupação de 12,7%]”, frisa Valmir com dados divulgados da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
De acordo com a CUT, o que não falta é motivo para se realizar o dia de paralisação. Os protestos devem focar também na defesa para a saída da crise em que o país se encontra. “Liberdade e direito de Lula concorrer às eleições como candidato à presidência, com o compromisso de revogar as medidas nefastas do governo golpista e convocar Assembleia Constituinte para fazer as reformas necessárias ao fortalecimento da democracia, à retomada do crescimento, à geração de emprego de qualidade e à promoção de um novo ciclo de desenvolvimento sustentável”, aponta a direção da CUT.
Valmir ainda lembra que a taxa de subutilização da força de trabalho [que agrega os desocupados, os subocupados por insuficiência de horas – menos de 40 horas semanais – e os que estão no desalento] subiu para 24,7%, o que representa 27,7 milhões de pessoas. Essa é a maior taxa de subutilização na série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). “Como se não bastasse, o tempo gasto pelo trabalhador e trabalhadora para conseguir uma nova colocação dobrou: passou de 23 semanas em março de 2014 para 47 semanas em março de 2018”, completa.
O aumento do gás de cozinha e dos combustíveis também é pauta do Dia do Basta. Segundo a CUT, desde a implementação da nova política de preços da Petrobrás no governo Temer, os preços de seus principais produtos têm sido aumentados muito acima da inflação. “Não menos importante, a energia elétrica subiu 18,8% em 12 meses terminados de julho/2017 a junho/2018 e a inflação acumulada no governo Temer é de 8,73%. Por isso é fundamental que todos procurem a programação das suas cidades. O que não podemos deixar é que os golpistas afundem de vez o país”, finaliza o parlamentar baiano.