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Chapada: Campus do Ifba em Seabra recebe semana indígena e pré-jornada de agroecologia

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A iniciativa pretende discutir as histórias de resistências dos povos originários | FOTO: Arquivo/Marivaldo Oliveira/EBC |

Indígenas de toda a Bahia e dos estados de Alagoas e do Pará, chegam a Seabra, cidade da Chapada Diamantina, nesta quarta-feira (22) para participar da quarta Semana Indígena e da primeira Pré-Jornada de Agroecologia da Bahia, promovida pelo Instituto Federal da Bahia (Ifba), campus de Seabra. Eles serão motivados pelo tema ‘Tempo de arar, tempo de colher’. A iniciativa pretende discutir as histórias de resistências dos povos originários, bem como valorizar a sabedoria e o legado indígena, e denunciar as práticas de extermínio que continuam afetando as comunidades nativas.

A ideia é dialogar sobre a importância da terra e do território indígena para a conservação da cultura, a preservação ambiental, e desenvolvimento de práticas agroecológicas. O evento acontece até a sexta (24) e conta também com a realização da Pré-Jornada de Agroecologia, iniciativa que deve se destacar pela discussão político-histórica dos movimentos da Agricultura de Base Ecológica. Participarão representantes da Teia dos Povos, e lideranças do MST e de cooperativas da Chapada Diamantina.

A programação é aberta ao público e inclui mesas redondas, oficinas, exibição de filmes, como o lançamento do documentário Ex-Pajé, em apresentação única na cidade. Há ainda momentos de celebração da cultura indígena, como Feira de produtos, mística e apresentações de dança e canto. Para Therezinha Gauri Nha’ãmarã Potí, professora do Ifba de Seabra e uma das organizadoras do evento, a iniciativa é inédita na Chapada e se constitui como uma oportunidade para a região repensar sua relação com a natureza e com os povos ancestrais que viveram aqui.

“Muitas comunidades da Chapada são descendentes de povos indígenas. Mas fomos educados para esquecer essa origem. A Semana Indígena pode ser uma porta importante para nos reconectarmos com nossos ancestrais e aprendermos com eles”, conta Terezinha. Na zona rural do município de Seabra, a comunidade de Riacho das Palmeiras já deu início ao processo de auto reconhecimento indígena e tem se tornado referência para outros moradores.

A iniciativa é uma realização do Ifba de Seabra, com apoio das prefeituras municipais de Seabra e Utinga, do Ifba de Porto Seguro, da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) Campus XXIII, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, da Escola Família Agrícola e da Embasa. Jornal da Chapada com as informações de assessoria.

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