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#Bahia: Oeste do estado sofre com estiagem prolongada e municípios decretam situação de emergência

seca
O agricultor Ademar Ferreira chegou a preparar a terra da fazenda onde mora para plantio; com a necessidade de economia de água, ele usou apenas metade do espaço previsto | FOTO: Reprodução/G1 | 

Dos 35 municípios da região oeste da Bahia 11 decretaram situação de emergência por conta da estiagem prolongada. De acordo com a Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (Sudec), as cidades que apresentam os estados mais críticos são Bom Jesus da Lapa, onde a seca já atinge 63 mil pessoas, Serra do Ramalho, com 25 mil moradores prejudicados pela estiagem, Ibotirama, onde a seca afeta mais de 11 mil pessoas, e Mansidão, com 8 mil pessoas atingidas. A estiagem também chegou à cidade de Barreiras. Um incêndio que começou na noite de segunda-feira (3) levou mais de 24h para ser debelado, por conta do tempo e vegetação seca.

A área queimada tem seis hectares, o equivalente a oito campos de futebol. Lavradores de lá também estão com dificuldades para plantar, por conta da secura no solo. O agricultor Ademar Ferreira, por exemplo, chegou a preparar a terra da fazenda onde mora para o plantio. Com a necessidade de economia de água, ele usou apenas metade do espaço previsto. “Nessa época, a gente tem que reduzir a plantação porque a água que temos não é suficiente. Além de ser uma água de poço artesiano, ela não é boa para a verdura por causa do sal. Dificulta a produção, a qualidade da verdura. Tudo isso tem que levar em conta”, ponderou.

Na vizinhança de Vanilde do Nascimento, a salvação da lavoura na estiagem também é um poço artesiano. Ele é compartilhado com vários outros agricultores. Segundo ela, se não fosse essa água, toda a plantação estaria perdida. “A gente tira a água do poço artesiano. É uma água cara porque o custo é alto. E nessa época da produção, cai o preço da verdura, aí fica muito alto pra gente”, disse.

Antes do uso do poço, a família de Vanilde tirava a água para regar a horta de um açude, que fica próximo da propriedade dela, que tem 1,5 hectare. Há cinco meses, no entanto, o nível de água do açude está abaixo do normal. “Muito triste ver uma coisa dessas. Aqui é onde eu criei meus filhos. Hoje eu tenho 55 anos e pra ver uma coisa dessa é muito triste”, desabafa ela. Jornal da Chapada com informações de G1BA.

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