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#Brasil: Editora do grupo Globo compra direitos de livro sobre corrupção da Fifa e engaveta obra

editora da família Marinho comprou os direito do livro em 2015, quando a obra ainda estava em produção | FOTO: Divulgação |

A editora do Grupo Globo comprou os direitos do livro ‘Red Card: How the U.S. Blew the Whistle on the World’s Biggest Sports Scandal’ (‘Cartão Vermelho: Como os EUA Revelaram o maior Escândalo Esportivo Mundial’). A obra, do jornalista Ken Bensinger, relata com detalhes o escândalo de corrupção da Fifa, revelado em 2015. Misteriosamente, entretanto, o livro nunca foi publicado. A Globo é citada quatro vezes no livro. A editora da família Marinho comprou os direito do livro em 2015, quando a obra ainda estava em produção. O lançamento no país era previsto para maio de 2018, antes da Copa do Mundo, mas foi adiado.

Há uma versão em português da obra que é vendida em Portugal desde junho. Nos EUA, o livro foi lançado em junho último. O autor conversou com os jornalistas Danielle Brant e Paulo Passos, que escreveram reportagem publicada na Folha de S.Paulo. “É muito estranho, porque eles compraram, me pagaram, uma pessoa da Globo mostrou a meu agente o manuscrito em português, e era para ser publicado em maio, em junho, em julho, e nunca foi publicado”, afirmou Bensinger.

Em duas das quatro passagens nas quais a Globo aparece no livro, o nome mencionado é o de J.Hawilla. Antes de morrer, em 2018, ele foi delator na investigação das autoridades americanas sobre a corrupção na Fifa. Ele admitiu ter pago propina para dirigentes na compra de direitos de transmissão de torneios da Fifa e da CBF. Hawilla, trabalhou na Globo como repórter e depois como chefe do departamento de Esporte da emissora, nas décadas de 1970 e 1980, até deixar o grupo para abrir seu negócio, mas sempre em relação de parceria e intimidade com a emissora.

Em outra passagem do livro, Bensinger reproduz depoimento de Alejandro Buzarco na investigação. Ele foi o homem forte da companhia de marketing argentina Torneos y Competencias e declarou que em novembro de 2017 a Globo e a rede mexicana Televisa pagaram propina a um dirigente da Fifa durante negociação para compra de direitos de transmissão da Copa do Mundo. Jornal da Chapada com informações do Brasil 247.

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