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Chapada: Missionária publica texto sobre ação do governo da prefeita Guilma Soares em Nova Redenção

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A prefeitura entregou as 40 casas para famílias beneficiárias do programa como uma espécie de presente antecipado de Natal em 2018 | FOTO: Divulgação |

O site do Centro Missionário Diocesano de Reggio Emilia, na Itália, publicou no começo deste ano um relato de uma missionária que acompanhou o drama vivido de famílias de Nova Redenção, na Chapada Diamantina, devido a moradias do programa federal Minha Casa, Minha Vida, que ficaram com obras paradas. Isso até as ações realizadas pelo ‘Governo da Reconstrução’, da prefeita Guilma Soares (PT) retomarem as obras. A prefeitura entregou as 40 casas para famílias beneficiárias do programa como uma espécie de presente antecipado de Natal em 2018.

A prefeita Guilma garantiu que nos primeiros seis meses de seu governo terminaria as residências. O conjunto habitacional no bairro Laranjeiras conta com 180 casas e foram demandas dos dois mandatos do governo do ex-gestor Ivan Soares, inclusive as 40 unidades em questão, foram demandas da gestão em 2011. “Essas 40 casas, nós cadastramos o projeto, mas com a tramitação toda, saímos do governo e não deu para começar a obra, que teve início portanto, na gestão seguinte”, explicou o ex-prefeito Ivan.

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Confira a íntegra do texto abaixo:

“Alguns meses atrás eu encontrei no Facebook estas palavras: ‘Você já se cansou de carregar sua mensagem de esperança, amor e paz?’ E a resposta foi: ‘Bem, você sabe que eu fiz o serviço civil’. Eu digo estas palavras minhas, mas mais geralmente as aplico à vida: nunca podemos deixar de ser o que somos, em qualquer lugar ou situação em que nos encontramos. Este final de ano foi cheio de emoções e bons momentos; 21 de dezembro aqui na aldeia houve a entrega do certificado de posse de 37 moradias públicas.

Vários anos atrás, através de um projeto federal, começou a construção dessas casas, para poder alocá-las a famílias em situação de alta vulnerabilidade. As administrações municipais mudaram e as listas daqueles que tinham direito a ela repetidas vezes foram reescritas; A realidade é que muitas famílias ocuparam essas casas e viveram nesses anos sem janelas, com portas arrumadas, sem energia e sem água potável, forçadas a encher latas de amigos e parentes e transportá-las para casa.

Mas finalmente chegou o grande dia, foi um momento importante, um espaço foi montado no bairro e depois de vários discursos de prática, cada família foi chamada e recebeu o certificado há muito esperado. Era um momento de festa, todos estavam lá esperando para ouvir seu nome, o vizinho, um amigo e certamente havia muitos abraços.

Infelizmente, as coisas nem sempre correm bem como o petróleo, hoje metade das casas ainda estão sem água potável devido a vários problemas, mas esperamos que sejam resolvidas o mais rapidamente possível. No dia 24 de dezembro, passei o dia em uma das comunidades de base a meia hora da aldeia. Foi um dia cheio de alegria, de frutas consumidas diretamente das árvores, um jogo de vôlei com uma bola feita de um saco plástico cheio de folhas.

No dia 27 de dezembro, por outro lado, tive a oportunidade de participar de uma reunião em uma comunidade básica chamada Tabocas. Aqui, quando se fala da Itália, é impossível não lembrar o padre Eugenio Morlini; durante seus anos de missão aqui na Bahia, ele transformou a vida de muitas pessoas. Ele lutou junto com o povo contra os latifundiários, não apenas para reivindicar um pedaço de terra para viver e trabalhar, mas acima de tudo para dar dignidade ao homem.

Hoje, apesar da seca e dos jovens que tendem a sair em busca de algo diferente, os que permanecem ainda estão lutando. O encontro foi inerente a um projeto federal que, através do dinheiro alocado pelo Fundo Monetário Internacional, permitirá a construção de uma nova estrutura para trabalhar a mandioca. Durante a manhã, eles nos mostraram como plantar pera espinhosa de uma maneira mais eficiente; é uma planta amplamente utilizada na região, não só para alimentar o gado durante os períodos de seca, mas agora inserida na alimentação diária das pessoas.

Eu acho que é uma grande alegria ver que nem tudo foi perdido; muitas vezes nos queixamos de que muitas atividades não continuam, na realidade elas simplesmente não foram planejadas no começo, mas foram a base para continuar e não desistir. Janeiro já chegou e aqui estamos todos no negócio para a preparação da festa do santo padroeiro, São Sebastião. Um mês cheio de momentos de partilha e grande fé nos espera, e acho que é a melhor maneira de começar este 2019.

Vanessa Nova Redenção 10/01/19

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