“Espero que esse ato racista e de agressão contra uma pessoa negra seja devidamente punido. A Caixa e a PM precisam rever suas atitudes e os envolvidos devem ser punidos”. A citação é do vereador de Salvador e vice-líder da oposição, Luiz Carlos Suíca (PT), que repudiou o caso de racismo envolvendo o empresário Crispim Terral, de 34 anos, cometido em uma agência da Caixa Econômica Federal (CEF), no centro da capital baiana. O edil aponta que o procedimento instaurado pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), na última terça (26), que deve apurar a denúncia. “Temos de cobrar sempre rigor nesses casos. É muito difícil que uma pessoa seja tratada desse jeito, ainda mais em um banco público e na frente de sua filha. Isso é um absurdo!”.
Para Suíca, o caso em questão é um dos muitos que acontecem cotidianamente devido ao racismo que ainda impera na sociedade brasileira. “A Caixa deve rever sua postura como instituição. Não é apenas seguir a cartinha do presidente reacionário. Com esse governo de Bolsonaro, os racistas, os homofóbicos, os misóginos e os agressores de mulheres estão colocando suas manguinhas de fora. E o Brasil não é terra sem lei. Temos leis para punir tudo isso e vamos lutar diariamente para cobrar punição em cada caso que acontecer na Bahia ou no Brasil. Não esquecemos do jovem Pedro Henrique Gonzaga, de 19 anos, morto no Rio de Janeiro por um segurança de supermercado. Mais uma vida interrompida pela ignorância”, completa.
O petista diz ainda que é necessário que a lei seja mais dura para quem comete racismo e crime de injúria racial. “Até quando nossa população que é majoritariamente negra, e quem de fato construiu nossa Bahia, passará por esses tipos de constrangimentos – que são enraizados do racismo estrutural? Espero que os órgãos competentes, com brevidade, possam dar uma resposta para isso. Quantos mais precisarão passar por isso para que sejam tomadas providências cabíveis? Repudio qualquer forma de preconceito e racismo com a população negra. Somos maioria e não vamos mais abaixar a cabeça para ninguém”.