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“Reduzir pena de crime que não existiu não corrige a injustiça”, diz Valmir decisão do STJ sobre Lula

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O parlamentar baiano não concorda e não aceita a prisão sem provas do ex-presidente | FOTO: Divulgação |

A redução de pena do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de 12 anos e um mês para oito anos, 10 meses e 20 dias, no processo do tríplex do Guarujá (SP), foi vista pelo deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) como indiferente. Embora considere uma vitória, o parlamentar baiano não concorda e não aceita a prisão sem provas do ex-presidente. Nesta terça-feira (23), ao saber da notícia que a maioria dos ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu reduzir o tempo de prisão, Valmir se pronunciou e disse que a medida não corrige injustiça.

“STJ reduziu a ‘pena’ de Lula, mas é preciso reafirmar que isso não é justiça. Justiça é reconhecer que um líder político, que seria presidente da República, foi preso sem provas, sem que o processo jurídico fosse concluído, passando por cima da Constituição Federal. E reduzir ‘pena’ sobre crime que não existiu não corrige a injustiça. Só deve haver pena se houver crime”, afirma o deputado petista. Pela decisão do STJ, a defesa de Lula poderá pedir uma progressão para o regime semiaberto a partir de setembro.

Após a decisão da justiça, advogados e pessoas ligadas ao ex-presidente se pronunciaram na frente da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, onde Lula permanece preso, e falaram sobre a conversa que tiveram com ele. De acordo com eles, o metalúrgico Lula está sendo julgado por seus inimigos naturais e históricos, que são seus adversários de classe. “Não fiquem vocês imaginando que nos tribunais têm operários, gente do povo que pensam com essa lógica. Esse julgamento tem um conteúdo político”, diz o advogado Luiz Carlos da Rocha.

O também advogado e deputado estadual, Emídio Pereira de Souza (PT-SP), disse que Lula está grato pela vigília que os militantes de movimentos sociais e partidários fazem em Curitiba e falou um pouco sobre o que o ex-presidente pensa sobre a decisão do STJ. “Os ministros agiram de forma coordenada, não foi uma coincidência. O julgamento de hoje é mais um capítulo de um processo totalmente político. É assim que o presidente enxerga. É um processo que não aceita provas. As provas de defesa são desconsideradas, e a palavra do delator vale mais que qualquer outra coisa”, completa Emílio.

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