Até o dia 30 de maio equipes do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e parceiros estarão reunidos com representantes da gestão pública de 249 municípios da Bahia. A ideia é oferecer formação sobre políticas públicas para prevenção de violência contra crianças e adolescentes. Além de contribuir para que os municípios que participam do Selo Unicef adotem estratégias que já se mostraram eficazes para redução de homicídios de adolescentes, para atendimento adequado a vítimas de violência (especialmente violência sexual), para redução do racismo, e para municipalização de medidas socioeducativas, para que adolescentes em conflito com lei não precisem mudar de cidade.
Dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM/Datasus) de 2016 apontam a Bahia com uma das mais altas taxas de homicídios de pessoas entre 10 e 19 anos no país: 57 assassinatos em cada grupo de 100 mil habitantes, enquanto a média nacional é 34. No mesmo ano, havia no Estado 603 meninos e meninas em regime de medidas socioeducativas. Ainda nesse período, o Sinesp registrou 3.211 casos de estupro ou tentativas de estupro (2.845 e 366, respectivamente), número que saltou para 3.686 (3.270 + 416) em 2017.
“Os municípios têm papel fundamental na proteção das crianças e adolescentes”, diz Helena Oliveira, especialista em Proteção do Unicef no Brasil. “Esperamos nesses encontros compartilhar muitas boas experiências que existem no Brasil para que os meninos e as meninas da Bahia parem de ser assassinados, vítimas de acidentes, cometer suicídios, sofrer racismo e discriminação e ser vítimas de violência sexual”, completa.
Assassinatos têm cor e classe social
Todos os dias, 31 crianças e adolescentes são assassinados no Brasil (Datasus 2016) e 43 mil meninos e meninas podem não conseguir chegar à vida adulta no período entre 2015 a 2021, (IHA 2014), se a situação não mudar. Em sua maioria, estas vítimas de homicídios são meninos negros, que vivem nas periferias dos grandes centros urbanos, e que estavam fora da sala de aula. De acordo com relatório do IHA, meninos têm 12 vezes mais riscos de ser assassinados do que meninas e os negros correm três vezes mais risco de ser mortos do que os brancos. Jornal da Chapada com informações de assessoria.
Confira onde acontecem as capacitações
Polo Irecê – 9/5
Local: Auditório do Instituto Federal da Bahia (IFBA) – Campus Irecê
Endereço: Rodovia BA 148, km 1800 – Bairro Vila Esperança, Irecê
Horário: 8h30 às 17h00
Polo Senhor do Bonfim – 7/5
Local: Câmara de Vereadores de Senhor do Bonfim
Endereço: Avenida Antônio Carlos Magalhães, nº 135 – Centro, Senhor do Bonfim
Horário: 8h30 às 17h00
Polo Vitória da Conquista 1 – 14/5
Local: Universidade Federal da Bahia (UFBA) – Campus Anísio Teixeira
Endereço: Rua Hormindo Barros, 58 – Candeias, Vitória da Conquista
Horário: 8h30 às 17h00
Polo Vitória da Conquista 2 – 15/5
Local: Universidade Federal da Bahia (UFBA) – Campus Anísio Teixeira
Endereço: Rua Hormindo Barros, 58 – Candeias, Vitória da Conquista
Horário: 8h30 às 17h00
Polo Feira de Santana 1 – 29/5
Local: FTC – Faculdade de Tecnologia e Ciências
Endereço: Rua Artêmia Pires Freitas, s/n, SIM
Horário: 8h30 às 17h00
Polo Feira de Santana 2 – 30/5
Local: FTC – Faculdade de Tecnologia e Ciências
Endereço: Rua Artêmia Pires Freitas, s/n, SIM
Horário: 8h30 às 17h00