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Chapada: Deputado defende comunidades e gerenciamento do uso da água do Rio Utinga

O deputado estadual Marcelo Veiga durante audiência pública com políticos, técnicos, agricultores familiares e representantes de comunidades rurais | FOTO: Divulgação |

A falta de gerenciamento da água do Rio Utinga pode causar novos colapsos para comunidades de pelo menos quatro municípios da Chapada Diamantina. Nesta quarta-feira (15), durante audiência pública na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), políticos, técnicos, representantes de comunidades ribeirinhas, indígenas e agricultores familiares ampliaram os debates sobre a situação do manancial que vem sofrendo com o aumento desenfreado do uso de suas águas para irrigação com ou sem outorgas. O deputado estadual Marcelo Veiga (PSB) defendeu que o governo estadual utilize mecanismos para gerenciar o uso da água e destacou que as comunidades de Andaraí, Lajedinho, Wagner e Utinga precisam do recurso natural para subsistência.

“Foi um debate técnico, que deixou a política de fora, justamente por todos entenderem a importância do rio para essas mais de 6 mil pessoas de comunidades rurais. Já participei de várias audiências e caminhei nas margens do Rio Utinga com os prefeitos Joyuson Vieira [Utinga] e Elter Bastos [Wagner]. Reuniões na Cerb e no Inema também debateram o assunto e tudo se resume no gerenciamento do uso das águas. Os governos estadual, municipais e produtores entendem isso e estão dispostos a ajudar”, salienta Veiga defendendo a instalação imediata de poços para suprir a demanda na região e amenizar a retirada de água do Rio Utinga, além de medidas enérgicas para preservar o manancial. “O assunto tem que unir três braços: a sociedade, governos estadual e municipal e os produtores para o rio ser e continuar sendo essa fonte de vida para a Chapada Diamantina”.

Audiência pública sobre a recuperação do Rio Utinga na Assembleia da Bahia | FOTO: Jornal da Chapada |

Para o prefeito de Wagner, Elter Bastos (PSL), a ação do governo estadual tem de ser mais que lacrar bombas no período de seca. “O governo do estado tem que ser penalizado sobre o que acontece ao Rio Utinga. Sabe informações, mas efetivamente não faz nada. Quando chega a seca, o secretário liga dizendo que vai lacrar as bombas e digo que não precisa porque já choveu. Então, a ação do governo é só essa. Hoje o Inema tem todas as possibilidades de fazer um trabalho na localidade. O Inema tem cadastro, levantamento do número de produtores, tamanho dos produtores. Então precisa que o governo assuma esta responsabilidade”, frisa o gestor.

Já para o prefeito de Utinga, Joyuson Vieira (PSL), é preciso dividir o embate político e técnico. “Na hora do embate técnico a discussão precisa de profundidade. A nascente do Rio Utinga, através dos seus dois canais, não perde 25% ou 50% da água total do rio como trataram aqui. Imagino que perca zero. Portanto, gostaria que enriquecesse esse debate técnico e que os deputados não sejam contaminados. Defendemos a bacia do rio e muito mais a problemática hídrica da Bahia. Utinga não pode ser vilã, é o único município produtor de água e não consumidor e não queremos que outros fiquem sem o recurso”, completa Vieira ao lado do vice-prefeito Átila Karaoglan, do presidente da Câmara de Vereadores, Jonas Aguiar, e dos vereadores Toinho Muniz, Manoel Moreira.

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