O último domingo (21) foi de pânico para o motorista que estava em uma ambulância do município de Mucugê, na Chapada Diamantina, após o veículo se envolver em acidente na BR-242, sentido Itaberaba. Ele estava indo buscar pacientes em Feira de Santana. Conforme informações enviadas ao Jornal da Chapada, o caso aconteceu devido ao estado da ambulância, que estava com os pneus ‘carecas’. O condutor do carro teria perdido o controle quando um dos pneus estourou, e não se feriu.
Os moradores utilizaram as redes sociais para comentar sobre o caso e afirmam que essa não foi a primeira vez que situações parecidas como essa foram registradas. “Por pouco não aconteceu comigo quando vim de Feira [de Santana], porém tinha um [pneu] socorro que nem para o lixo prestava. Ficamos na estrada por duas vezes na mesma noite com um paciente operado e uma criança de quatros meses”, conta uma internauta em publicação sobre o acidente.
Outros moradores comentaram a situação e responsabilizaram a prefeitura municipal, atualmente administrada pelo prefeito Manoel Luz (PSD). Nas publicações, as pessoas apontam “que salários estão atrasados, empresas contratadas sem receber e até a luz de repartição pública foi cortada”. Inclusive, um processo de licitação de contratação de empresas para fornecimento de pneus e peças que montam rodas de veículos da prefeitura também foi alvo de críticas. “Contrataram empresas para fornecer serviços de recuperação de pneus e outros equipamentos para renovar frota no valor de mais de R$3,5 milhões. E cadê esses serviços? Desde maio que foi contratado”, cobra um morador.
O caso do acidente da ambulância tomou grupos de mensagens e as redes sociais nesta segunda-feira (22). Fotos foram enviadas ao Jornal da Chapada. A reportagem tentou contato com a prefeitura para ouvir a versão do órgão, mas não obteve sucesso. “Mais uma vez acontece esse tipo de acidente. É uma pouca vergonha rodar desse jeito para Itaberaba ou Salvador. A situação do pneu desse carro colocou em risco a vida das pessoas tanto do motorista quanto dos pacientes. Ao invés de socorrer é ao contrário”, frisa um morador revoltado com o caso.
Jornal da Chapada
