O período de longa estiagem na região da Chapada Diamantina, além de causar incêndios florestais também provoca a baixa das águas de rios importantes que abastecem comunidades de diferentes municípios. Como é o caso do Rio Utinga, responsável por levar o recurso natural para as casas de famílias de Lajedinho, Andaraí, Wagner e Utinga. O manancial está secando e já tem trechos que o rio não corre mais. A informação é do deputado estadual Marcelo Veiga (PSB), titular da Comissão de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).
De acordo com o parlamentar, a discussão sobre o uso das águas do Rio Utinga é acompanhada por ele há alguns anos, antes mesmo de ser eleito deputado. “Estive lá no rio, na captação, nas margens. Fizemos diversas reuniões e audiência pública, e no momento de chuva a população em geral e o governo do estado esquecem da urgência de se criar meios para amenizar a situação e, agora, quando se inicia a seca, voltamos ao mesmo assunto”, frisa o deputado. Ele diz que “é um problema recorrente e que o Rio Utinga realmente está cortando”.
“Estive na Embasa com o prefeito de Wagner, Elter Bastos, e ele mostrou poços que na captação de água realmente não tem mais o recurso. A água não está chegando. Tivemos em Lajedinho e é o mesmo problema. A Embasa está preocupada com a situação e está fazendo um estudo para aumentar a vazão do sistema de abastecimento do Rio Utinga, através do Rio Tijoco, que fica aproximadamente a 16km de Wagner. Então, se for possível, a água desse rio vai abastecer e dar um suporte maior ao sistema de abastecimento”, informa.
Segundo Marcelo Veiga, em Lajedinho está sendo perfurado um poço artesiano que vai sustentar o sistema de abastecimento. “Apesar de Lajedinho está no final, na ponta, ajeitando Lajedinho o sistema não tem mais necessidade de chegar até lá, então dará folga para Utinga, Wagner e Andaraí. Estive no Rio Utinga algumas vezes na captação e acredito que uma visita da Comissão de Meio Ambiente seria importante para analisar o problema de perto. É importante a gente acompanhar e o governo do Estado tem que tomar uma atitude para que esse ciclo de chuvas e secas não interrompa a discussão”. As informações são de assessoria.
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