O município de Jacobina, na Chapada Norte, conta desde o segundo semestre de 2019 com um centro de referência para acolhimento dos animais de rua, o Centro de Proteção Animal (Cepa), numa iniciativa do Ministério Público (MP), com a participação de ONGs e da iniciativa privada.
A obrigação foi assumida pelo município e por duas empresas que atuam na região, uma de energia eólica e outra de construção civil, junto ao MP para compensar os impactos ambientais das atividades das empresas na região. De acordo com o promotor de Justiça Pablo Almeida, que elaborou os acordos junto com a promotora de Justiça Rocío Matos, o Cepa tem como objetivo abrigar e cuidar de animais domésticos abandonados.
Mais de R$200 mil foram investidos para a construção e equipagem do centro. A empresa de energia eólica foi responsável por 58% deste valor, além de ter se comprometido a contratar ao menos 140 serviços de castração de gatos e cachorros, doar até 100kg de ração por mês para o centro e adquirir ao menos 1.200 microchips de identificação de animais, além dos aplicadores e leitores deste chips.
Já a empresa de construção civil se comprometeu a doar ao Cepa 100 quilos de ração por mês (até alcançar o valor de R$7.270 em doações), e a contratar serviços veterinários para os animais do centro ou para donos de animais comprovadamente carentes e cadastrados no CADúnico (até alcançar o valor de R$13.633 em contratações).
A continuidade do processo civilizador vem inspirando este e outros exemplos de acolhimento, levando em conta a legislação vigente, pois constitui como crime os maus-tratos aos animais. Jornal da Chapada com informações do jornal A Tarde e do MP-BA.