O médico sanitarista e epidemiologista Jarbas Barbosa afirmou que ‘não há risco maior’ de transmissão do coronavírus no Carnaval ‘do que em qualquer outra situação’, em entrevista à Rádio Jornal, de Pernambuco, na última quinta-feira (30). A doença, que já matou 170 pessoas na China, vem assustando os foliões, já que a festa de momo concentra um grande número de pessoas, o que poderia facilitar a proliferação de doenças.
No entanto, o diretor-assistente da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), braço regional nas Américas da Organização Mundial da Saúde (OMS), agência especializada em saúde pública da Organização das Nações Unidas (ONU), explica que ainda não houve transmissão confirmada no Brasil, apenas suspeitas de pessoas que vieram da China, todas já hospitalizadas em áreas de isolamento
“No momento atual, nós só temos transmissão ocorrendo na China. Os casos que nós temos em outros países são importados, de pessoa que vieram dessas áreas da China, apresentaram a doença, estão hospitalizadas e em áreas de isolamento para não transmitir a doença. Não há um risco maior no Carnaval do que em qualquer outra situação. O que tem sido feito é evitar que pessoas da China com sintomas da doença viajem para outros países”, afirmou Jarbas,
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Quando perguntado sobre a capacidade de disseminação do vírus, Jarbas disse que cada pessoa tem capacidade de transmitir o vírus para em media duas ou três pessoas, mas em algumas vezes há o ‘super disseminador’, que transmite para mais pessoas, por ter tido contato próximo com muita gente.
Como se proteger
O médico afirma que a maioria dos casos registrados de coronavírus são leves, e apenas 20% dos infectados necessitam de hospitalização. A doença respiratória é transmitida, principalmente, pelas gotículas que saem na tosse e espirro. Portanto, ele indica lavar as mãos e proteger a tosse e o espirro com lenço descartável ou com braço, porque proteger com a mão facilita a transmissão. Além disso, deve evitar “contato com pessoas que estão doentes”. As informações são do Correio 24h e do Jornal do Commércio.