Mesas-redondas sobre Libras, educação de surdos, deficiência visual, relações étnico-raciais, gênero e sexualidade estarão em foco no auditório do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (Ifba), campus de Jacobina, na Chapada Norte, na próxima semana. No dia 13 de fevereiro, quinta-feira, das 14h às 17h, os formandos do curso de extensão ‘Formação Continuada Docente: a Diversidade como Princípio Educativo’ compartilharão saberes com a comunidade, com destaque para os trabalhos desenvolvidos ao longo de seis meses de aprendizado.
‘Ovulário Integrador’ foi a expressão escolhida para a apresentação das equipes, uma referência à necessidade de desconstruir a linguagem machista que prevalece tanto nos discursos quanto na escrita, feminilizando processos e dando visibilidade às mulheres e suas lutas. Durante o encerramento, também haverá apresentações culturais, entrega de certificados e homenagem aos professores mediadores. Na opinião de Laiane Silva, formanda da Licenciatura em Computação ofertada pelo Ifba, a formação foi enriquecedora tanto para a sua vida pessoal quanto acadêmica, ao apresentar formas de como abordar esses temas em sala de aula.
“Estamos tão acomodados com tudo que nos é imposto e dito como verdade que sair da nossa zona de conforto e buscar mais conhecimento sobre todas essas diversidades que nos cercam chega a ser espantoso! São muitos mitos, tabus e preconceitos a serem quebrados”, pontua. Para a professora mediadora voluntária Lúcia Fabiana, mestra em Crítica Cultural, oportunizar a professores de vários lugares o repensar das práticas cotidianas e a construção de novos caminhos para uma educação equitativa foi o diferencial do curso. “Precisamos reconstruir essa ideia de igualdade justamente pelo contrário: Nós somos diferentes e a gente precisa ser respeitado nessas diferenças! Achei fantástica a diversidade de áreas dos integrantes da turma, o que dialogou diretamente com a proposta da formação”.
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Coordenada pelas pedagogas do Ifba Eliene Sales e Indaiara Silva, em parceria com o técnico em assuntos educacionais Daniel Neves, o técnico em informática, Hélder Oliveira, e o transcritor de Braille, Herculano Nunes, além de colaboradores externos, a iniciativa teve carga horária de 160 horas, sendo 88h presenciais e 72h a distância, contemplando seis módulos, com o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Além de servidores e estudantes do Instituto, professores das redes municipal e estadual de ensino compõem a turma. Estudos de caso, rodas de conversa e análise da legislação vigente são exemplos da metodologia adotada pelos facilitadores, inspirada na aprendizagem baseada em problemas. As informações são de assessoria.