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Suíca quer que governos ajudem no desenvolvimento dos blocos afros: “Ainda existe muita dificuldade”

O vereador Luiz Carlos Suíca com baianas durante ação em Salvador | FOTO: Divulgação/Ascom |

No mês do carnaval, maior festa popular do planeta, o vereador de Salvador Luiz Carlos Suíca (PT) defende o fortalecimento, por meio de ações públicas, dos blocos afros da Bahia. Nesta quarta-feira (5), durante lançamento de campanha da Defensoria Pública da Bahia, em defesa da cultura negra, o edil cobrou dos governos estadual, municipal e federal mais ações para ajudar no desenvolvimento das entidades e dos projetos sociais que cada agremiação realiza.

“É preciso que os governos olhem, não como uma forma de favor, mas para atrair mais turistas para conhecerem esses blocos. Os afoxés, muito deles de matriz africana, de terreiro de candomblé, fazem para além do carnaval. Realizam oficinas, cuidam de crianças e aplicam projetos sociais de inclusão e que ajudam a conseguir uma vaga no mercado de trabalho”, salienta Suíca durante o programa que apresenta diariamente na TV Baiana.

Ilê Aiyê, Olodum, Filhos de Gandhy, Malê Debalê, Muzenza, Cortejo Afro e muitos outros blocos foram citados pelo edil petista. Ele ainda destacou que o lançamento do Manifesto em Defesa da Cultura Negra da Defensoria Pública da Bahia, na Casa do Olodum, no Pelourinho, nesta quarta, teve esse viés de apresentar dados e expor a situação desses e de outros blocos ligados ao movimento negro.

Suíca completa dizendo que os afoxés surgiram como um elemento de resistência na sociedade. “Os primeiros afoxés registrados datam de 1895, momento próximo do pós-abolição. E os negros ainda tinham direitos restringidos pelo Estado e pelas elites brancas”, fundamenta o vereador, citando trecho de artigo do pesquisador cultural Chicco Assis. Ainda em referência a Assis, Suíca finaliza que “foram os afoxés que começaram a ir para as ruas como forma de levar a alegria e as festividades negras para desfilar nos carnavais”. As informações são de assessoria.

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