O empresário e ex-senador Luiz Estevão de Oliveira Neto, condenado por corrupção, contou em entrevista à revista Veja sobre como era a rotina na penitenciária da Papuda, onde conviveu com condenados no âmbito da operação Lava-Jato e no escândalo do mensalão. Durante a conversa, Estevão contou que o baiano, e ex-ministro do governo Temer, Geddel Vieira Lima era um dos presos que mais chorava durante o tempo em que esteve na Papuda.
Nesta fase da vida, ele pode conviver também com figuras como o ex-ministro petista Zé Dirceu e o ex-assessor do antecessor de Jair Bolsonaro, Rocha Loures, entre outros. Estevão foi um dos primeiros figurões da política nacional a ser preso após uma decisão de segunda instância. Após três anos em regime fechado, ele atualmente cumpre pena em regime semiaberto.
“Eu e Zé Dirceu dividimos a mesma cela, dormimos na mesma cela, tivemos uma convivência extremamente boa. Ele não reclama de nada, não se queixa de nada, nunca o vi se lamentando, o que também é o meu perfil. Já o Geddel chorava muito. Aliás, não apenas ele”, recordou. Entre os colegas de cárcere com perfil mais depressivo durante o período de reclusão, Luiz Estevão cita o petista Henrique Pizzolato e o publicitário Ramon Hollerbach – ambos condenados no mensalão.
Sem citar nomes, ele conta que chegou a garantir pessoalmente que alguns de seus colegas de prisão tomariam seus “remédios” no horário e dosagem correta. “Com que autoridade eu fazia isso? Nenhuma. Mas pensava: ‘Esse cara um dia vai se matar’. Havia uma preocupação muito grande com a possibilidade de suicídio de alguns desses presos do mensalão e da Lava-Jato”, concluiu. As informações são do BNews.