As mudanças de empresas que faziam a assistência médica de trabalhadores terceirizados da prefeitura de Salvador e da Secretaria Estadual de Educação (SEC) não agradou aos profissionais devido aos problemas gerados. E o vereador soteropolitano, Luiz Carlos Suíca (PT), fez duras críticas às novas empresas que assumiram o processo. Durante toda a semana, o edil petista tem chamado a atenção para o caso. Ele aponta que trabalhadores têm procurado o seu gabinete para denunciar a situação precária que resultou a mudança. “Chamo a atenção da prefeitura que, na busca de manter caixa e fazer economia com as empresas, promoveu uma licitação, mas não se preocupou em manter a qualidade dos serviços. Fez economia, saiu algumas empresas e deixou outra – a ‘Braspe’ – que não sei que mágica foi essa que fizeram pra essa empresa ficar, e trouxe a ‘Soluções’ e a ‘APA’”, critica Suíca nesta quinta (5).
O vereador aponta que a Braspe trocou a assistência médica dos trabalhadores que era feita pela ‘Hapvida’, que também serve aos servidores concursados, para uma empresa que cobra R$74. “Esse valor você não faz uma consulta dentária e não é atendido em lugar algum. Para utilizar, caso tenha algum problema para urgência e emergência, tem que marcar antes. O trabalhador tem que ir para o hospital público neste caso. Trata-se da ‘Med Morte’ e não ‘Med Vida’, que é de Alagoas e que ninguém quer saber. E essa responsabilidade é do prefeito. Tira essa qualidade para os trabalhadores que já ganham tão pouco para colocar uma empresa que não tem credenciamento”, denuncia. Suíca pede intervenção da prefeitura e do estado na questão.
Ele cita a empresa ‘Braspe’ como uma das beneficiadas – que continuou com contrato no município de Salvador e a nova licitação trouxe a ‘Soluções’ e a ‘APA’ para a assistência. “Gostaria que o prefeito tomasse providências nisso porque todos os dias recebo denúncia. Vamos ao Ministério Público. O SindilimpBA já está atuando nesse sentido. Porque isso é fraude. Tem pessoas que trabalham na Braspe que têm problema de câncer e há recusa na assistência médica. E a família pagando R$800 para ir para o ‘Hapvida’. Isso é um crime que estão cometendo com esses trabalhadores. No objetivo de economizar e botar dinheiro no bolso está prejudicando a saúde e qualidade de vida dos trabalhadores e na qualidade do serviço da prefeitura”, completa o edil.
O petista continua relatando um caso que aconteceu no carnaval deste ano. Ele explica que um trabalhador foi espancado e que quando chegou na emergência não foi atendido porque não teve a solicitação feita. Ele é lotado na Secretaria Estadual de Educação. Para a coordenadora-geral do SindilimpBA, a situação é caótica tanto no estado quanto na prefeitura. “A direção do sindicato já pegou a convenção coletiva e já encaminhou denúncia ao Ministério Público contra essas empresas. E duvido que os membros dos governos estadual e municipal estejam contentes com essa situação. Porque vai acabar caindo no colo do estado e da prefeitura”, completa Ana. As informações são de assessoria.