Cerca de R$277 milhões de repasses travados pelo governo Bolsonaro para a Bahia foram cobrados pelo deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) nesta sexta-feira (20). O parlamentar petista aponta que esses recursos são fundamentais para equipar e ampliar unidades de saúde para o combate e controle da pandemia de coronavírus no estado. Assunção também soma os processos aprovados que aguardam a habilitação com portaria do Ministério da Saúde (MS). “Bolsonaro não pode condenar as pessoas só porque não votaram nele. Isso é um absurdo, ele vem cometendo crimes de responsabilidade velados, temos de agir o quanto antes. São mais de R$270 milhões”, frisa.
O deputado baiano detalha, por exemplo, casos como o da ampliação de leitos no Hospital Regional do Cacau, R$64 milhões, para a ampliação de serviço de queimados no Hospital Geral do Estado, R$4,4 milhões, ampliação de teto MAC (ampliação HGE 2), R$98 milhões, e de recursos ainda não enviados da implantação do Hospital Regional da Chapada Diamantina, que o governo federal deve mais de R$27 milhões. Esse mesmo valor é devido ainda ao Hospital Estadual da Mulher. Já o Hospital Ana Nery, para a ampliação do atendimento de serviços de Cardiologia e Hemodinâmica, o governo Bolsonaro deve R$24 milhões, mesmo valor para a ampliação da capacidade do Instituto Couto Maia, ambos em Salvador.
Ainda tem R$7 milhões para unidades da capital e de Porto Seguro dos processos aprovados e não liberados pelo MS. “Rui Costa está fazendo de tudo para termos qualidade no atendimento, mas esses valores seriam fundamentais para a população”. Valmir também propõe que, já que o governo estadual vai abrir 80 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital Espanhol, emendas da bancada federal para a saúde patrocinassem a aquisição de equipamentos. “Isso ficaria em torno de R$100 mil para cada parlamentar. Seria um bom apoio da bancada para o governo”.