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#Chapada: Barreira sanitária do Vale do Capão pode acabar caso decreto não seja prorrogado; moradores temem exposição

O grupo diz que “se o decreto cair, a barreira vai cair junto" | FOTO: Montagem do JC/Divulgação |

O decreto da prefeitura de Palmeiras, município da Chapada Diamantina, que proibia a entrada da construção civil, serviços terceirizados e não essenciais como medida contra o novo coronavírus (Covid-19) termina nesta terça-feira (14). As informações são da equipe da barreira sanitária do Vale do Capão, que teme com as consequências, caso a data não seja prorrogada. “Se o decreto não for renovado, o Capão volta a receber diariamente mais de 100 pessoas, vindas de diversos distritos do município e de outras cidades”, salienta nota da equipe em rede social. O grupo diz que “se o decreto cair, a barreira vai cair junto e o Vale não terá controle sobre o volume e a origem das pessoas que entram”.

“Sabemos que não há testes suficientes para o coronavírus no Brasil, apenas agentes de saúde e casos graves estão sendo testados. 80% dos contaminados podem não manifestar sintomas e, ainda assim, transmitir o vírus. Palmeiras tem um caso confirmado, mas qual é a real dimensão da epidemia dentro do município? Ninguém sabe! Por isso, o isolamento e o controle do fluxo é a única e mais eficiente forma de combate a essa pandemia”. Segundo os voluntários, “se o decreto não for prorrogado, a segurança sanitária da vila estará ameaçada e que não fará sentido expor 42 voluntários por semana, em contato com a grande rotatividade de pessoas vindo de diversos locais”.

A vila do Vale do Capão durante pandemia com comércio fechado | FOTO: Reprodução/ Gilcinei da Cunha |

Os membros da barreira sanitária ainda dizem que o trabalho de prevenção para conter a entrada do coronavírus é árduo e as pessoas envolvidas estão revezando para poder manter o controle do fluxo. “Alguns de nós temos repetido turnos de três, quatro até cinco vezes. Nosso trabalho é voluntário, estamos arriscando nossa saúde, enfrentando desgastes com pessoas de fora e até moradores, que não respeitam ou não têm consciência da importância de diminuir o fluxo de entrada e saída da nossa comunidade”, ressalta a equipe voluntária na nota postada em redes.

Conforme as informações publicadas pela equipe, “cada pessoa que deixa de entrar, é uma chance a menos de contaminação. Olhando para os nossos registros, em 15 dias, diminuímos em 70% o fluxo de pessoas entrando e saindo. Nós desejamos continuar, mas precisamos do apoio da comunidade. A todos que reconhecem a importância da barreira, pedimos que se mobilizem e pressionem a prefeitura de Palmeiras, de todas as formas que encontrarem, para que o decreto seja mantido”, completa a nota.

Jornal da Chapada

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