A data magna do município de Utinga é nesta segunda-feira – dia 27 de abril. É quando a população da cidade comemora os 67 anos de emancipação política e administrativa. Se não fosse por causa das restrições sociais e sanitárias impostas ao povo brasileiro e ao povo utinguense, devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), a administração do atual prefeito Joyuson Vieira comemoraria o aniversário da cidade com programação festiva, como sempre fez.
Porém, as celebrações em Utinga não passaram em branco. Logo cedo, a população recebeu – por meio das redes sociais – um vídeo com a mensagem de civismo e fé do prefeito Joyuson, que também saudou todos, em especial, os primeiros administradores do município. A preocupação atual do município é em conter o novo coronavírus. Utinga registrou um caso da doença infectocontagiosa em um idoso que faleceu (veja aqui).
No vídeo, o gestor chapadeiro fez um breve relato das administrações anteriores e a importância de cada político envolvido no processo de emancipação. “Parabéns povo de Utinga. És tu que constrói essa cidade linda, solidária e maravilhosa. Neste momento difícil e triste de pandemia que atinge o mundo, o Brasil, a Bahia e também Utinga embora estejamos isolados socialmente, mas estamos juntos com as nossas mãos e corações entrelaçados para vencermos mais essa luta”, frisa Joyuson.
Confira aqui o vídeo
Histórico do município
Utinga, que em tupi-guarani significa ‘águas claras’ ou ‘rio branco’, surgiu às margens do Rio Mocambo de um povoado chamado ‘Palha’, com o fulgor das minas de diamante de Lençóis e Estiva descoberta em 1840. O Arraial de Palha servia de pouso aos viajantes que iam para as Lavras Diamantinas ou de lá voltavam com o destino à Jacobina, Morro do Chapéu ou Orobó (hoje, Ruy Barbosa).
De acordo com dados retirados do Wikipédia e do Livro ‘Utinga das Águas Claras’, ‘Palha’ foi mais tarde reduto de malfeitores, chefiados por Hermenegindo de Souza Santos. Por isso, as forças do Estado foram obrigadas a intervir, culminando com a destruição do Povoamento pelas tropas comandadas pelo Tenente Bitencourt que incendiaram o Arraial em 1905. A reconstrução não tardou, desta vez, sob orientação de Joviniano Bastos em terras cedidas pelos irmãos Isidro e Manoel de Souza Santos, nascendo então o arraial ‘Bela Vista de Utinga’, com material melhor e casas de telhas formadas pela Praça Dias Coelho e uma rua que descia para o Rio Mocambo.
Em 2 de agosto de 1917, o povoado de ‘Bela Vista de Utinga’, foi elevado à categoria de Vila e criado o distrito. Em 30 de novembro de 1938, o Decreto Estadual nº 141 de 31 de dezembro de 1943 modificou a denominação do distrito e de sua sede para Utinga. A necessidade de melhoramentos urbanos e a falta de escolas fizeram com que, em 1945, surgisse a ideia da emancipação, liderada pelo Padre João Ramos Marinho. O projeto se concretizou por força da Lei Estadual nº 550, de 27 de abril de 1953, que criou o município de Utinga com território desmembrado de Morro de Chapéu. Utinga é também uma cidade turística (veja aqui).
Jornal da Chapada