*Por Joy de Utinga
A tristeza, a alegria, a doença, a saúde, a depressão, a euforia, enfim, a infelicidade ou a felicidade como tantas outras situações humanas são, como a vida, simplesmente, transitórias. Nada, absolutamente nada, é definitivo, logo, a pandemia da Covid-19 também não será!
Só para usar um pequeno recorte temporal, vivemos em poucos anos, a queda de mitos trabalhistas, a ascensão de justiceiros, o surgimento de heróis liberais, a euforia momesca, a apreensão pandêmica, a suspeição dos julgadores carrascos, o declínio/desmistificação dos novos ídolos, a convicção do “mito” sobre seus super-poderes e sobre a imunidade brasileira e, agora, a ansiedade pelos resultados das próximas semanas que, tomara, não sejam catastróficos.
No curto prazo, teremos apenas algumas certezas, ou mentiu um ex-super juiz/super ministro ou um presidente, ou erraram feio a ciência e dois ministros-médicos ou um super ex-atleta presidente semi-Deus. Vejam, nada mesmo é definitivo, nem mesmo as afirmações científicas, que, aqui, acolá, são modificadas, muito menos as teorias empíricas ou místicas que, via de regra, desmoronam. “Andar com fé eu vou, a fé não costuma faiar”, afirmou o poeta, embora, mesmo a fé, seja falível.
Ainda bem que é assim, não o fosse, agora, em meio a essa crise mundial estaríamos todos ancorados em uma cega fé ou desalentados pela descrença total. Tudo, graças a Deus, é transitório. Vamos reagir, vencer, superar e no amanhã, senão o literal, mas o de médio e longo prazos, teremos dias melhores, direi até, dias felizes, muito embora, transitórios, novamente. É a vida, simplesmente, transitória!
*Joy de Utinga é natural do povoado de Amparo (Zuca), que é dividido entre os municípios de Ruy Barbosa e Boa Vista do Tupim. Ele é casado, técnico em contabilidade, graduado em Administração, ex-servidor concursado do Ministério da Saúde e Baneb, aposentado pelo Banco do Brasil e prefeito de Utinga.