Denunciado pela Procuradoria-geral da República (PGR), o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) teria recebido propinas em um ‘sofisticado esquema de contabilidade paralela’ que somam R$65 milhões e teriam sido pagas pelas construtoras Odebrecht e Andrade Gutierrez em troca de influência política do tucano, principal articulador do impedimento contra o mandato de Dilma Rousseff (PT).
De acordo com a denúncia da PGR, as propinas seriam direcionadas ao codinome ‘Mineirinho’, atribuído a Aécio, conforme delação de executivos do grupo Odebrecht, em especial Marcelo Odebrecht. As propinas eram para dar as empreiteiras tivessem influência na concessão e construção de usinas hidrelétricas em Rondônia. As vantagens indevidas foram pagas através de Dimas Toledo, ex-diretor de Furnas e antigo aliado do tucano, e pelo empresário Alexandre Accioly, da rede Bodytech.
Símbolo maior da impunidade no Brasil, Aécio Neves foi denunciado por 22 atos em que solicitou, aceitou e recebeu propina. De acordo com o colunista Fausto Macedo, do jornal O Estado de S. Paulo, os repasses teriam sido realizados entre 2009 e 2011, período em que Aécio ocupou os cargos de governador de Minas Gerais e senador do Estado. A redação é do site Brasil 247.