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#Chapada: Moradores do Vale do Capão denunciam aumento do número de pessoas que chegam para passar a quarentena

Barreira foi derrubada com decreto da prefeitura | FOTO: Divulgação |

O Jornal da Chapada tem recebido com frequência denúncias de moradores da região do Vale do Capão, pertencente ao município de Palmeiras, na Chapada Diamantina. Desta vez, trata-se do aumento do número de pessoas na vila em decorrência dos alugueis de casas. Moradores explicaram ao jornal, nesta sexta-feira (22), que as pousadas estão proibidas de receber turistas e o turismo não está funcionando devido ao fechamento do Parque Nacional da Chapada Diamantina por conta da pandemia de covid-19.

Uma moradora relata que pessoas de Salvador e de outros estados estão chegando ao Capão de forma desenfreada e pede uma posição da gestão municipal. “As pousadas foram proibidas, o turismo e o Parque [Nacional] da Chapada Diamantina está fechado. Porém, as pessoas estão vindo para cá de forma desenfreada. A população está apreensiva. Gostaria que a prefeitura tomasse uma posição. Não podemos prejudicar o direito de ir e vir de ninguém, mas o direito coletivo sobrepõe o individual. Estamos falando de segurança e saúde. Se esse vírus chegar ao Vale vai ser catastrófico”, aponta uma das moradoras com receio do aumento de volume de pessoas.

Após a barreira sanitária cair no Vale do Capão, moradores ficaram vulneráveis a doenças | FOTO: Diego Araújo/Facebook |

Em redes sociais moradores e nativos da região chapadeira debatem sobre a situação de aluguel de casas em plena quarentena, que evita a chegada e transmissão do coronavírus. “Pessoas chegando para morar, alugando casas, ontem mesmo chegou um pessoal aqui na casa vizinha, vieram de Salvador, com caminhão de mudança, resta saber se estão fazendo quarentena”, afirma outra moradora. Em outra conversa, a prefeitura e a eficiência da barreira sanitária na sede são citadas. “Pessoal, tem que denunciar. A prefeitura tem obrigação de verificar casos suspeitos. Todos estão divulgando que está fácil passar pela barreira”, aponta.

“O povo está vindo de carro próprio, isso é o de menos, repare o tanto de carro e pessoas diferentes aqui, não estamos no pico ainda, e precisamos sim de uma barreira, que foi muito eficaz. Se está tendo barreira e as pessoas estão passando, alguma coisa está acontecendo. É bom verificar o porquê. Quando tinha a barreira no Riachinho não tinha esse fluxo de pessoas que tem hoje no Vale. Têm muitas pessoas que não moram aqui atrás de casas de aluguel. Isso é muito assustador para nós moradores”, completa outra moradora.

O Jornal da Chapada manteve contato com o prefeito Ricardo Guimarães (PSD) nesta sexta-feira (22). Ele se posicionou sobre o assunto, informando “que a barreira não é somente sanitária é proibitiva, mas que não pode conter pessoas que burlam a lei”.

Jornal da Chapada

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