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#Chapada: Petição virtual tenta impedir redução do Parque Municipal do Vale do Boqueirão na zona rural de Palmeiras

A retirada de uma centena de hectares vai de encontro a decreto do município | FOTO: Reprodução/Perambulando |

Uma petição virtual foi criada para impedir que uma área de preservação ambiental tenha 70% do seu território reduzido. A área fica localizada no Parque Municipal do Boqueirão, no Vale do Capão, zona rural de Palmeiras, na Chapada Diamantina. De 153 hectares atualmente, a área passaria a ter um território de apenas 52 hectares. Uma empresa de consultoria ambiental já fez o novo traçado e entregou à prefeitura (veja aqui).

A petição intitulada ‘Pelo Cumprimento do TAC do Parque Municipal do Boqueirão – Palmeiras – Ba’, explicita a indignação da redução do território, que foi projetado pela empresa de consultoria, e diz que a ação “beneficia atividades de invasão e especulação imobiliária em detrimento do equilíbrio ecológico e do interesse coletivo dos habitantes dessa região”. O documento on-line já tem mais de 5.670 assinaturas. A meta é alcançar 7.500 apoiadores.

O receio de nativos e moradores é de que tenha sido aproveitado o contexto da pandemia de covid-19 para solicitar uma recontagem do local, transformado em parque por meio do decreto nº 224 de 2015, para atender aos interesses de posseiros. No levantamento recente, o Boqueirão perde o equivalente a 100 campos de futebol.

A petição ainda reforça que o decreto de 2015 da prefeitura de Palmeiras tem como objetivo “preservar e proteger o Vale do Boqueirão e Riachinho de ações danosas e predatórias contra o meio ambiente”. A retirada da uma centena de hectares vai de encontro a essa determinação.

Em um trecho, a petição pede que “a prefeitura cumpra o acordo firmado com o Ministério Público de zelar pelo Parque Municipal do Boqueirão. Que execute a desocupação imediata do mesmo, a retirada da cerca colocada pelos invasores e que haja real e efetiva proteção, preservação e uso sustentável dos recursos naturais da área do parque, cumprindo assim o TAC, que é parte do Inquérito Civil”.

Em setembro do ano passado, o jornal Correio já havia denunciado a prática de grilagem no Vale do Capão, quando um nativo cercou uma área de preservação e ameaçou vizinhos (leia aqui mais). As informações são do Correio24h.

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