As professoras da rede estadual de ensino, Maria Isabel Gonçalves, do Colégio Estadual Rui Barbosa, localizado no município de Boninal, na Chapada Diamantina; Keiliane de Oliveira, do Colégio Estadual Quilombola de São Tomé, de Campo Formoso; e Patrícia Paiva Rocha, do Colégio Estadual Abdias Menezes, de Vitória da Conquista, estão entre os 50 educadores finalistas da 23ª edição do Prêmio Educador Nota 10. Considerado o maior e mais importante da Educação Básica brasileira, o prêmio reconhece e valoriza professores da Educação Infantil ao Ensino Médio e, também, coordenadores pedagógicos e gestores escolares de escolas públicas e privadas de todo o país.
A educadora Maria Isabel Gonçalves, que leciona Filosofia, foi indicada com o projeto ‘As filosofias de minha avó: poetizando memórias para afirmar direitos’. “O legado de minha bisavó Iaiá Lia, rezadeira da Umburana, que acolhia toda as comunidades quilombolas do entorno em Santo Reis, foi o que me fez adentrar na procura por uma filosofia decolonial, as filosofias de minha avó, propondo caminhos para redescobrir também as filosofias das avós de meus jovens alunos, as iaiás e seus saberes cheios de encantamentos. Este reconhecimento é para elas, pois as suas memórias são um legado para refazer o caminho de volta ao Ubuntu. Ao me inscrever no projeto, sonhei alto em poder divulgar ao Brasil este chamado às memórias e todas as suas possibilidades para a aprendizagem”, afirmou.
Para a professora Patrícia Paiva Rocha, que ensina Educação Física, estar entre os finalistas de todo o Brasil é emocionante. Ela foi indicada com o projeto “Conquista frisbee: discos que voam nos céus da Bahia”. Esse projeto traduz o desejo de construir uma escola pública que seja um espaço de oportunidades, que contribua no processo de formação de cada pessoa que pisa o seu chão e compartilha conosco sua própria história. Ser reconhecida pelo trabalho de toda a vida me inspira a continuar caminhando”.
A professora de Química, Keiliane de Oliveira, desenvolveu com os estudantes o projeto ‘Dessalinizador solar de baixo custo: uma alternativa sustentável’, que lhe rendeu a indicação ao prêmio. “Ser finalista deste prêmio é muito gratificante e estimulante, pois mostra que estamos no caminho certo, dando o nosso melhor diariamente. A realização do projeto e o reconhecimento me fazem refletir e ter orgulho da profissão que não é apenas ministrar aulas e sim transformar vidas e a nossa realidade”.
Sobre o prêmio
O Prêmio Educador Nota 10 foi criado em 1998, pela Fundação Victor Civita, que, desde 2014, realiza a premiação em parceria com as empresas Abril, Globo e Fundação Roberto Marinho. O prêmio é dividido em três fases. Na primeira, são escolhidos 50 finalistas. Dentre eles, são selecionados os 10 vencedores e o Educador do Ano, reconhecidos ainda em 2020. Cada um dos premiados ganha um vale-presente no valor de R$ 15 mil. O Educador do Ano, escolhido pela Academia de Jurados, recebe outro vale-presente, também no valor de R$ 15 mil. As escolas dos vencedores também recebem uma verba para celebração. As informações são de assessoria.