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#Bahia: Enquanto os filhotes shih-tzu são desejados, ONGs têm mais de 800 cachorros e 300 gatos para adoção

Vira-latas são a maioria nas instituições que têm animais para adoção | FOTO: Nara Gentil/Correio |

No início desta semana, precisamente na segunda-feira (31), dias após a Polícia Rodoviária Federal (PRF) resgatar animais que sofriam de maus-tratos, mais de 20 mil mensagens foram enviadas para o celular de uma Organização Não Governamental (ONG), 80% delas eram sobre a adoção de filhotes. Os gatos e cachorros que foram resgatados estão divididos em três institutos: ‘Doce Lar’, ‘Abrigo São Francisco de Assis’ e o ‘Instituto Patruska’.

O número, no entanto, não leva em conta os diversos protetores independentes que estão espalhados por Salvador. “São pessoas que criam os animais para adoção, mas não têm CNPJ”, explicou Patruska Barreiro, fundadora do ‘Instituto Petruska’. Sua ONG tem mais de 200 cachorros e 160 gatos. O ‘Doce Lar’ tem 348 cachorros e 62 gatos. Já o ‘Abrigo São Francisco de Assis’ tem 255 cães e 95 gatos.

No entanto, com tantos animais de estimação disponíveis, há uma interesse maior apenas nos filhotes de shih-tzu. “Temos mais de 200 vira-latas há anos esperando doação e, em menos de quatro horas, mais de 500 pessoas querem os bebês que estão à beira da morte. O amor é seletivo? Essa reflexão é para toda sociedade. A gente tenta fazer campanha para conscientizar. O vira-lata é a cara do brasileiro, é a mistura de tudo”, afirma Patruska.

Os shih-tzu são cães dóceis e companheiros. Sua expectativa de vida varia entre 10 e 16 anos e, quando adultos, não passam de 28 centímetros de altura. O tamanho pequeno e aparência similar a um bicho de pelúcia, encarece o valor do animal. Segundo Patruska, o preço de um shih-tzu pode variar entre R$ 1,2 mil e R$ 2,5 mil. Porém, ela alerta que, menos do que isso, pode se tratar de animais vítimas de maus-tratos, como os que foram apreendidos pela PRF.

Para adotá-los, cada pessoa passa por um procedimento semelhante: entrevista, análise do perfil e da necessidade perfil da família, além da capacidade financeira para cuidar dos animais. Durante a pandemia, as entrevistas são realizadas por videochamadas com todos os membros da casa. Depois da adoção, há ainda o acompanhamento da ONG.

“É importante que as pessoas tenham consciência de que os pets precisam de cuidado, de acesso à saúde, que eles vão durar de 10 a 20 anos. A família tem que estar preparada para enfrentar a velhice do animal. Ele vai fazer parte do grupo e não pode ser deixado para trás”, explicou Samuel Montalvão.

Todo esse procedimento evita que, posteriormente, os animais sejam devolvidos ou abandonados novamente. Todas as instituições disseram ter uma baixa taxa de devolução, em torno de 5%. Para manter um animal de estimação, o custo varia a depender do seu porte e da raça, que requer cuidados específicos. Quanto maior o porte, maiores os custos.

Todas as instituições precisam de suporte financeiro materiais para realizar seu trabalho. Você pode ajudar as ONGs, ou adotar algum animal, entrando em contato com eles. Jornal da Chapada com informações do jornal Correio 24horas.

Instituto Patruska
Animais disponíveis: 200 cachorros e 160 gatos
Contato para ajuda ou adoção: Instagram @institutopatruska ou pelo telefone (71) 99933-1450.

Doce Lar
Animais disponíveis: 348 cachorros e 62 gatos.
Contato para ajuda ou adoção: Instagram @docelar10 ou pelo telefone (71) 99928-2889

Abrigo São Francisco de Assis
Animais disponíveis: 255 cachorros e 95 gatos.
Contato para ajuda:
Instagram: @abpabahia, facebook: /abpa.bahia e site
Contato para adoção:
Cão: adote@abpabahia.org.br
Gato: felinos@abpabahia.org.br

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