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#Polêmica: Professor de medicina do Ceará diz em aula online que “se o estupro é inevitável, relaxa e goza”

Prontamente os alunos o interpelaram sobre a fala | FOTO: Reprodução |

A pandemia do coronavírus forçou a intensificação das aulas online em escolas e faculdades e, dentro do novo formato, têm se observado cada vez mais comportamentos abusivos que vão desde assédio sexual até apologia ao estupro. Na manhã desta quarta-feira (30), o site da Revista Fórum noticiou o caso de um professor da Faculdade de Direito de Franca, no interior de São Paulo, que pediu para uma de suas alunas abrir a câmera do computador para vê-la nua.

Outro caso de desrespeito por parte de um docente durante aula remota veio à tona na noite da última terça-feira (30) e passou a repercutir nas redes sociais na tarde desta quarta. O médico ortopedista Samir Samaan Filho, professor de Medicina na faculdade Estácio de Sá de Juazeiro do Norte (CE), fez uma “piada” sobre estupro também em meio a uma aula online. No início da videoconferência com os alunos, Filho afirmou: “Bora para acabar logo, né? É aquela coisa assim: se estupro é inevitável, relaxa e goza. Para acabar logo e ficar livre logo disso dai”.

Prontamente os alunos o interpelaram sobre a fala. Uma aluna perguntou: “É o que?”. Ao perceber que a “piada” foi infeliz, então, o professor tentou minimizar e se esquivar. “Nada, esqueçam! Quem escutou, escutou; quem não escutou, deixa para lá. Vamos lá”, declarou. O caso foi denunciado pelo perfil do Twitter “Euromedicina” e gerou indignação generalizada nas redes sociais.

A faculdade Estácio de Sá de Juazeiro, em nota, informou que “atua na promoção de um ambiente acadêmico respeitoso, e já entrou em contato com os alunos para prestar esclarecimentos” e que o professor foi desligado. Samaan Filho, por sua vez, deletou seus perfis nas redes sociais e, em nota enviada ao site Universa, pediu desculpas pela declaração. “Ainda, na aula, percebi o erro e pedi desculpa. E entendendo a gravidade, pedi demissão no dia seguinte”, informou. O Conselho Regional de Medicina do Ceará ainda não se pronunciou sobre o episódio. As informações da Revista Fórum.

Ouça, abaixo, a declaração do professor durante a aula online

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