O ex-ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro (sem partido), Sérgio Moro, está sendo pressionado pela família a sair do Brasil. Segundo a colunista Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo, a ideia é que ele passe uma temporada dando aulas de Direito em outro país. E, assim, fique distante da política e de eventual projeto eleitoral de concorrer à Presidência.
Ainda segundo a colunista, a mulher dele, Rosângela Moro, tem repetido a interlocutores que o marido já deu a contribuição que tinha que dar ao país e que a política partidária, com seus embates selvagens, não seria para ele. Estaria na hora de novamente cuidar da vida pessoal e profissional. O próprio Moro também já disse a políticos que o visitam que não se sente inclinado a disputar um cargo eleitoral.
O ex-juiz baixou o tom nas redes sociais em relação a Bolsonaro — e até já disse, em conversas reservadas, que não deveria ter saído do governo da forma que fez: atirando. O movimento lava-jatista, do qual Moro é estrela, tem sofrido derrotas seguidas na esfera política. A indicação do desembargador Kassio Nunes Marques para o Supremo Tribunal Federal é a mais recente delas — deixando o ex-ministro e seus seguidores isolados.
A segurança é outra preocupação da família do ex-ministro: neste mês ele acaba de cumprir a quarentena obrigatória desde que saiu do Ministério da Justiça, perdendo também o direito a escolta da Polícia Federal. A redação é do site Aratu ON.