Victor Hugo Diogo Barbosa,nomeado para o posto de coordenador de articulação e apoio às comunidades remanescentes dos quilombos da Fundação Palmares, usou as redes sociais para minimizar a crueldade da escravidão no Brasil. Utilizando citações de José Osvaldo de Meira Penna e de Gilberto Freyre, Barbosa disse que o “escravo brasileiro levava, nos meados do século XIX, vida quase de anjo, se compararmos a sua sorte com a dos operários ingleses”.
“Na verdade, a escravidão no Brasil agrário-patriarcal pouco teve de cruel. O escravo brasileiro levava, nos meados do século XIX, quase vida de anjo, se compararmos sua sorte com a dos operários ingleses, ou mesmo com a dos operários do continente europeu (XIX), postou Barboza citando Gilberto Freyre.
Segundo reportagem da coluna Painel, Barboza – que se identifica como biomédico, advogado e seguidor do guru do bolsonarismo, o astrólogo Olavo de Carvalho – diz que as discussões sobre a escravidão no Brasil possuem “muita propaganda da esquerda visando ao sentimento de revanchismo, raiva, ódio”.
Em outra postagem, Barboza utilizou uma frase atribuída a Meira Penna que afirma que “se não fosse o colonialismo, ainda estaria hoje a África equatorial na idade da pedra, ao invés de mandar delegados paramentados para a ONU (…) E nós ainda seríamos terra de tapuias, tupinambás e tupiniquins”.
A Fundação Palmares é presidida por Sérgio Camargo. Camargo já atacou o movimento negro e suas lideranças em diversas oportunidades . Ele já chamou Zumbi dos Palmares de “filho da puta” e o movimento negro de “escória maldita”. Camargo também já defendeu o fim do feriado da Consciência Negra e afirmou que a escravidão foi “benéfica para os descendentes” de escravos no país. As informações são do site Brasil 247.