Na última terça-feira (3), o advogado Gamil Föppel, defesa de Rodolfo Cordeiro, acusado no dia 3 de agosto de 2020 de tentativa feminicídio contra a médica Sáttia Lorena, apresentou novas provas para o caso. Segundo informações da defesa, os laudos da perícia médica e Polícia Técnica apontam ‘autolançamento’ e apresentam consumo de substâncias como Metamizol, Fenitoína, Diazepam e Midazolam.
“Ouça um médico… Quem mistura essas substâncias quer fazer o quê com sua própria vida?”, diz Gamil Föppel em entrevista para a Record TV Itapoan. A Polícia Civil, no dia 28 de outubro, realizou a simulação da tentativa de feminicídio no condomínio Serra do Mar, no bairro de Jardim Armação, em Salvador, junto ao Departamento de Polícia Técnica (DPT).
Maraci Menezes Lima, titular da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), responsável pelo caso, segundo informações do BNews, diz que “com esta simulação, poderemos chegar a um melhor entendimento do que ocorreu no dia 20 de julho e também atender à solicitação do Ministério Público da Bahia [MP-BA]”.
Em depoimento no dia 28 de setembro, após meses internada, Sáttia Lorena, que tem 27 anos, afirmou se recordar de mais detalhes do dia no qual ocorreu o fato. A médica relata que Rodolfo estava segurando seu pescoço, teria ameaçado cortar o rosto de Sáttia e, ainda, teria dito que “acabaria com a vida dela”, segundo informações do portal G1.
Sáttia também conta, em depoimento, que se lembra quando pediu a Rodolfo que não soltasse a mão dela, dizendo que não queria morrer. Segundo a médica, agressões contra ela, eram recorrentes. Rodolfo já teria puxado seus cabelos, dado socos na vítima, além de violência psicológica. A médica negou ter tentado suicídio.
Mensagem do whatsaap enviada pela vítima no dia 2 de julho também será usada pela defesa de Rodolfo, apontando momento no qual Sáttia dizia ter “ideação suicida forte”. O fato aconteceu no dia 20 de julho de 2020, por conta de uma briga entre Sáttia e Rodolfo no apartamento do condomínio Serra do Mar. Vizinhos teriam dito à polícia que viram a médica pendurada e o namorado a segurando dizendo que não a soltaria.
Relatam, também que ouviram Sáttia gritar que não queria morrer. Rodolfo teve prisão preventiva, mas foi revogada no mesmo mês. A médica entrou em estado de coma depois do ocorrido e logo após receber alta, prestou depoimento à polícia. Jornal da Chapada com informações do BNews e G1.