O governo do Reino Unido convidou, na última quarta-feira (2), comunidades de todo o país a oferecerem um local para um protótipo do reator de fusão nuclear, que será o primeiro a colocar eletricidade na rede. O projeto, denominado Tokamak Esférico para Produção de Energia (do inglês, Spherical Tokamak for Energy Production, STEP), começou no ano passado com um valor inicial de £222 milhões em 5 anos para desenvolver um protótipo.
A Autoridade de Energia Atômica do Reino Unido (do inglês, Atomic Energy Authority, UKAEA), a agência governamental que supervisiona o esforço, afirma que a construção pode começar em 2032, com operações em 2040. “Qualquer novo dispositivo é bem-vindo porque traz novas percepções”, diz Tony Donné, diretor da EUROfusion, o programa de fusão da União Europeia.
A corrida mundial para construir o primeiro reator de fusão que pode gerar energia excedente está em andamento. A fusão mescla isótopos de hidrogênio em um gás superaquecido, ou plasma – espelhando o processo que alimenta as estrelas. As fontes de combustível são relativamente abundantes e as preocupações com a radiação são mínimas em comparação com os reatores nucleares alimentados por fissão.
A fonte de energia requer temperaturas de centenas de milhões de graus Celsius. Para evitar que o plasma quente toque e derreta seu recipiente de contenção, os engenheiros normalmente usam ímãs poderosos que circundam tokamaks em forma de rosca. Mas nenhum tokamak gerou mais energia da fusão do que a usada para aquecer o plasma.
O tokamak ITER na França, com conclusão prevista para 2025, será o primeiro a demonstrar ganho de energia, embora isso não aconteça até antes de 2035 e, mesmo assim, a energia de fusão não será usada para gerar eletricidade. Saiba mais acessando aqui. As informações são do site Engenhariae.