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#Chapada: Secretaria de Saúde de Piatã esclarece denúncia sobre óbito de mulher em comunidade quilombola

A família alega que ela buscava atendimento nos últimos quatro dias na unidade | FOTO: Divulgação |

O Jornal da Chapada recebeu uma denúncia de que uma mulher de 39 anos teria falecido por falta de atendimento adequado em Piatã, na Chapada Diamantina. No entanto, a Secretaria Municipal de Saúde esclarece que os serviços procurados nos dias anteriores pela paciente não tinham relação com a causa que levou ao seu óbito, bem como informou que ela possuía algumas comorbidades e ao chegar no local foi encaminhada para internamento clínico, mas que acabou apresentando piora em seu quadro, que evoluiu para óbito.

A jovem faleceu na última quarta-feira (21), segundo a família. Ela era moradora da Comunidade Quilombola de Palmeiras de Inúbia, na zona rural do município chapadeiro. De acordo com a Secretaria, a residente de 39 anos era “hipertensa em uso de medicação contínua, com histórico familiar de morte súbita em pessoa jovem [irmão] e ECG [eletrocardiograma] anterior evidenciando alteração”, pontua a pasta.

Ainda conforme a gestão, a mulher deu entrada no Hospital Municipal Dr. Hélio Macedo Araújo, às 16h05, apresentando “crise hipertensiva, PA: 180×130 mm/hg, dispneia intensa com piora ao deitar-se, associado a sudorese, astenia, baixa saturação a oximetria de pulso e mucosas hipocoradas”. Ela foi encaminhada para internamento clínico, segundo a Secretaria, iniciando o manejo com oferta “suplementar de oxigênio, correção de hipoglicemia, instalação de monitor multiparamétrico, dentre outras medidas”.

A nota da pasta de Saúde também aponta que “o ECG realizado constatou IAM [Infarto agudo do miocárdio] extenso na mulher”. No entanto, ainda após o manejo, a paciente apresentou piora no seu quadro clínico, o que fez com que evoluísse a óbito, por volta das 19h02. A família alega que ela buscava atendimento nos últimos quatro dias na unidade, com fraqueza, sudorese, dor abdominal e afins, mas a unidade mandava de volta para residência, com ela sintomática.

No entanto, a Secretaria explica que não foi realizado o teste rápido de covid-19, “pois a mesma, por ser remanescente de comunidade quilombola, teria recebido a primeira dose da vacina há aproximadamente três semanas, o que contraindica a triagem por esse teste”, informa. Além disso, a pasta pontua que a vítima fatal buscou atendimento ambulatorial nos dias 9 de abril, com reação alérgica, e em 14 de abril, com queixas que “não têm relação com a causa que levou ao óbito”.

Jornal da Chapada

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