Em funcionamento desde novembro do ano passado, o Pix tem conseguido ganhar espaço na rotina das pessoas. Uma pesquisa realizada pelo Data Nubank aponta que os brasileiros, principalmente entre os mais jovens, estão aderindo de forma constante a essa nova forma de transferir dinheiro. As regiões do Centro-Oeste e do Norte aparecem com maior destaque, com cerca de 20% da população já utilizando a tecnologia.
Desde que foi autorizado pelo Governo Federal, o Pix chegou aos brasileiros como uma nova opção de transferência de dinheiro. O objetivo era oferecer uma alternativa diante das tradicionais transferências via DOC e TED feitas pelos bancos. Com menos de um ano, a inovação parece ser um sucesso, principalmente em determinada faixa etária. Cerca de 20,2% dos brasileiros de 18 a 30 anos, que são mais acostumados com ferramentas digitais, estão utilizando o Pix.
Esse alto índice entre os mais jovens é algo esperado, e que deve aumentar nos próximos meses. Além da ferramenta ser voltada para o universo digital, a compatibilidade com aplicativos para smartphones faz com que o público mais acostumado com esses dispositivos seja alvo. No final do ano, por exemplo, o Banco do Brasil autorizou a realização de transferências via Pix pelo WhatsApp.
Outro número divulgado pelo Data Nubank, e que merece alguma atenção, é o sucesso da plataforma em duas regiões do Brasil. A primeira é o Centro-Oeste, onde 20,2% das pessoas estão aderindo a nova forma de transferir dinheiro. A segunda é o Norte, que com 19,6% fica logo atrás como a segunda região em que o Pix fez mais sucesso até o momento. Vale lembrar que a pesquisa foi realizada apenas entre clientes do banco digital Nubank.
Os meios digitais
A tendência do uso do Pix no Brasil, principalmente através de um banco digital, é a maior prova de que a digitalização está avançando no país. Isso pode ser visto também no estudo realizado pela Akamai Technologies, que apontou um crescimento no uso de bancos digitais em 2020. Cerca de 43% dos brasileiros possuem uma conta em uma instituição financeira sem agência física. Apesar de a maioria não usar como carteira principal, apenas 18% das pessoas fazem isso, é um movimento interessante e com projeção de crescimento.
Essa digitalização não causa impacto apenas no setor bancário, e podemos citar aqui vários exemplos de sucesso em outros mercados importantes. No agronegócio, como mostra a reportagem do site Agrolink, o uso de novas tecnologias para análise de dados e para o e-commerce foi essencial para o setor fechar o ano passado com uma taxa de crescimento acima dos 10%. O impacto no entretenimento digital segue a mesma tendência, principalmente com os cassinos online.
A interatividade e a dinâmica dos jogos de apostas, como mostra o site VegasSlotsOnline, fazem com que a experiência de apostar virtualmente, principalmente com as slots machines temáticas, sejam idênticas a de um cassino físico. A dinâmica dos jogos, alguns em tempo real, não perde em nada para essas casas de apostas. Isso se repete nas plataformas de streamings de filmes, seja a Netflix ou a Disney Plus, que estão ganhando um espaço que antes era dominado pelo cinema.
O futuro
Alguns dos planos do Banco Central para o Pix, principalmente pensando nos próximos anos, é aumentar os recursos dessa ferramenta. Algumas novas funcionalidades, como os pagamentos programados e o troco em dinheiro, devem se tornar realidade até o final de 2021. A ideia é fazer com que a plataforma se transforme no meio mais popular e seja dinâmico para oferecer diferentes serviços.
Em entrevista realizada no ano passado, alguns diretores responsáveis pelo projeto afirmaram que o principal objetivo é lançar o Pix Garantido. A ideia é um parcelamento nos moldes do cartão de crédito na plataforma, permitindo que a população pague via Pix compras maiores e que exijam parcelamentos. Uma ideia interessante, e que vai de encontro com o hábito de consumo da maioria dos brasileiros.
O Pix é uma realidade e que gradualmente está ganhando espaço no Brasil. Com o sucesso entre os jovens de 18 a 30 anos, é possível perceber que a digitalização ainda é restrita, mas que está crescendo. O destaque também vale para os bons números das regiões do Centro-Oeste e do Norte, que prometem se transformar em referência no uso do Pix. Essa digitalização da economia brasileira é essencial para o futuro do país.