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#Bahia: Pela primeira vez, equipe 100% baiana realiza cirurgia para separação de gêmeos siameses

Essa é a primeira vez que um procedimento desse tipo é realizado por uma equipe totalmente baiana | FOTO: Divulgação |

Uma equipe multidisciplinar formada por profissionais do Hospital Ana Nery e da Maternidade de Referência Professor José Maria de Magalhães Netto realizou, na última terça-feira (4), uma cirurgia para separação de bebês siameses. Essa é a primeira vez que um procedimento desse tipo é realizado por uma equipe totalmente baiana.

De acordo com a subsecretária da Saúde da Bahia, a médica neonatologista Tereza Paim, o nascimento de gêmeos siameses é uma ocorrência rara. “Ocorre em um para cada 100 mil nascimentos. A realização da cirurgia se deu por uma equipe 100% baiana, todos envidando esforços para que o procedimento fosse um sucesso”, afirma.

Os bebês Nathan e Nathanael nasceram prematuros em dezembro de 2020, na Maternidade de Referência, interligados pelo tórax e abdômen | FOTO: Divulgação/Sesab | 

Os bebês Nathan e Nathanael nasceram prematuros em dezembro de 2020, na Maternidade de Referência, interligados pelo tórax e abdômen. Os dois apresentavam ainda cardiopatias congênitas, sendo um dos casos de alta complexidade. Apesar de ter sido um procedimento bem sucedido, o bebê com quadro mais grave da doença não sobreviveu após uma parada cardiorrespiratória.

“Eles estavam sob ventilação mecânica e drogas vasoativas desde o primeiro dia, para mantê-los vivos diante da grave cardiopatia. Os bebês dividiam o fígado e um circuito vascular importante”, detalha a cirurgiã Célia Britto, responsável pelo procedimento.

Segundo a médica, que já havia realizado anteriormente outras duas cirurgias para separação de siameses, cerca de 50 profissionais de saúde se dedicaram a estudar o caso para preparação do procedimento durante os últimos quatro meses. Participaram da cirurgia oito profissionais da Cirurgia Pediátrica; três na equipe cardíaca, coordenados pela cirurgiã cardíaca Nádia Krachete; o cirurgião hepático André Aleluia; quatro anestesistas; além do suporte da enfermagem e técnicos.

“Essa é uma cirurgia que necessita de uma equipe multidisciplinar entrosada. Dividir conhecimento e experiência de uma equipe multidisciplinar em prol de um tratamento médico é muito gratificante”, acrescenta Célia Britto. As informações são de assessoria.

Sonora da subsecretária da Saúde do Estado, a médica neonatologista Tereza Paim
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