A pintura da praça situada no ‘Largo 2 de Julho’ e do cemitério municipal foi alvo de reclamações e inclusive acusações de ato de improbidade administrativa por parte de moradores e de vereadores em sessão da Câmara. Isso aconteceu no município de Palmeiras, na Chapada Diamantina, após os locais terem sido pintados com a cor do partido do prefeito Ricardo Guimarães (PSD).
“É um ato de improbidade administrativa, visto que o mesmo leva vantagem sobre patrimônio público”, disse uma fonte ao Jornal da Chapada (JC). O local já foi pintado com outra cor, após as reclamações. No entanto, segundo o secretário de Infraestrutura do município, Gila Franco, o intuito não era obter vantagens ao partido do prefeito.
“Em momento algum cogitamos a possibilidade de enfatizar a cor direcionando com a utilizada no pleito eleitoral”. Na sessão da Câmara, um vereador chegou a dizer que a pintura na determinada cor do partido tratava-se de um crime, visto que infringia a lei e que estaria buscando mecanismos para acionar a gestão municipal. “Tá pensando que aqui é o quê? Brincadeira?”, questionou um edil, que disse que o espaço deveria ser pensado como um bem público e não um bem particular.
De acordo com Franco, a intenção foi de prestar homenagem ao patriarca de uma família tradicional que residia no local, que faleceu há um pouco menos de dois anos e contribuiu comercialmente para o desenvolvimento da cidade.
O secretário pontuou que após a cor não ter sido bem vista pelos moradores e vereadores, a população pediu uma cor neutra e harmônica com o patrimônio. Com isso, o local foi pintado com a cor branca, no qual, segundo ele, representa a paz. “Para evitar mais picuinhas com um assunto tal inoportuno em relação ao atual cenário pandêmico que vivemos, substituímos o azul da cor do mar com o branco da paz!”, disse.
Jornal da Chapada