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#Brasil: Durante missa, padre ataca repórter da Globo após declaração de amor na TV; ‘Viadinho’ e ‘idiota’

Falas do padre foram repercutidas negativamente na internet | FOTO: Montagem da Revista Quem |

O padre, Paulo Antônio Müller, da Paróquia de Tapurah, em Mato Grosso, atacou no último domingo (13) o repórter da Globo, Pedro Figueiredo, com comentários homofóbicos, após o jornalista ter recebido uma declaração amorosa do marido, Erick Rianelli, desejando feliz Dia dos Namorados. As falas do padre viralizaram negativamente nas redes sociais. A gravação do romantismo ocorreu no encerramento de uma edição do RJTV, jornal fluminense da TV Globo, no ano passado, contudo, voltou a ser repercutida neste ano.

“A gente faz o namoro não como a Globo apresentou durante essa semana, dois viados. Desculpa, dois viados. Um repórter e um viadinho chamado Pedrinho, era Felipe. ‘Ah meu amor você está chegando, tô com saudade de você’. Ridículo. Por favor, que esta não seja a sua cabecinha também, tá? Nem do seu filho, nem da sua filha”, disse o religioso em missa transmitida pela internet. O padre afirmou que o casamento só poderia ocorrer entre um homem e uma mulher.

“Pega a Bíblia e olha o Livro Gênesis: Deus criou o homem e mulher. Isso que é casamento. Que chame a união de dois viados e de duas lésbicas como querer (sic), mas não de casamento, por favor. Isso é falta de respeito para com Deus. Isso é sacrilégio, é blasfêmia. Casamento é coisa bonita e digna”. Os internautas lamentaram e repudiaram o discurso dele, na página da Igreja: “Deus não pode ser representado pelo ódio! Esse padre é motivo de vergonha para a paróquia!”, disse um dos fiéis.

Pronunciamento do repórter
O repórter Pedro Figueiredo se pronunciou após os ataques do religioso, no qual chamou de “mensagem de ódio”.

“Quem nunca sonhou em receber uma declaração de amor na TV !? Eu tive essa sorte. Foi no ano passado, no dia dos namorados. Os repórteres e as repórteres que estavam ao vivo no Bom Dia Rio se declararam pra seus amores. Naquele dia, o @erickrianelli era o único LGBT do grupo. E a mensagem viralizou. Foi espontâneo, foi sincero, mas também foi um canhão de afeto. Inspirou e representou muita gente. Agora, um ano depois, voltou a viralizar. Dessa vez acompanhada por mensagens de ódio. Temos um profundo respeito por todas as religiões. Acreditamos no afeto e em seu poder de transformação. A Oração de São Francisco diz: ‘Onde houver ódio, que eu leve o amor’. É assim que vamos seguir em frente. Obrigado a todas as mensagens de carinho que temos recebido”, enfatizou Pedro.

Por meio de nota, o Ministério Público do Estado de Mato Grosso afirmou que vai investigar as declarações de Müller. “O Ministério Público Estadual, por meio do Centro de Apoio Operacional de Defesa dos Direitos Humanos e Diversidades, repudia qualquer tipo de discurso de ódio. Reitera que as declarações efetuadas pelo padre extrapolaram a liberdade religiosa e que podem até mesmo resultar na propositura de medidas extrajudiciais, de ação civil pública por dano moral coletivo causado à sociedade, bem como ação penal, por eventual crime cometido”, pontuou a instituição. Jornal da Chapada com informações da Revista Quem.

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