Suspeito de matar uma família de quatro pessoas, Lázaro Barbosa, 32 anos, conhecido como ‘serial killer do Distrito Federal’, tem uma extensa ficha criminal. Em 2009, ele cumpriu uma pena por estuprar uma mulher. As buscas pelo criminoso já chegam no 12º dia e são mais de 200 policiais tentando captura-lo.
O crime ocorreu no mesmo córrego onde ele deixou o corpo de Cleonice Marques de Andrade, mãe da família morta na zona rural de Ceilândia, em Brasília. A vítima do estupro, violentada há 12 anos nos arredores da comunidade do Sol Nascente, que fica vizinha à Ceilândia, conta que “ele gosta de violentar mulher”, afirma.
“Ele gosta de violentar mulher. O negócio dele é com mulher, a raiva é com mulher”, disse. “Me mudei, minha família vendeu a chácara. Vi até pela Polícia Civil que ele voltou atrás da gente depois do ‘saidão’. Não era para estar solto”, ressaltou.
Na época do crime, Lázaro e o irmão Deusdete invadiram a chácara onde a mulher, que na época tinha 19 anos, morava com a família. Após não terem achado dinheiro, levaram a vítima para o córrego e a estupraram. O irmão do criminoso morreu há cinco anos.
Segundo ela, Lázaro tem um comportamento frio e cruel. “Frieza mesmo, bem meticuloso. Ele é bem cruel, é um bárbaro e torturador”, disse. “O negócio dele é dinheiro, celular, mas ele aproveita. Gosta muito de humilhar as vítimas. Tem um pouco da questão da psicopatia, gosta de subjugar mulher e tirar moral”, completou.
A vítima diz sofrer novamente com ansiedade, após saber que o homem natural de Barra do Mendes, na Chapada Diamantina, cometeu mais crimes e continua foragido. Lázaro também já respondeu a um processo por homicídio, na cidade chapadeira natal, quando tinha 20 anos.
“Minha ansiedade voltou, meu corpo fica gelado e tremendo. É inacreditável que soltaram um maníaco desses, sequestrador, estuprador e torturador”, afirmou.
De acordo com a mulher, o irmão de Lázaro também era bem perigoso. “O tanto de maldade que fizeram com a gente… O irmão dele na época mandava mensagem o tempo todo, [dizendo] que ia me matar. É muito inacreditável”.
Em 2009, Lázaro foi preso, mas conseguiu fugir do Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, em 2016. Na época, ele não retornou da saída temporária de Páscoa. No ano de 2018, ele foi detido novamente, desta vez em Águas Lindas de Goiás, mas chegou a escapar da prisão poucos meses depois.
“Na última vez, ele foi colocado em um ‘saidão’, mesmo tendo essas características registradas, e não retornou. É necessário, sim, que a gente passe pelo menos por uma reflexão, reformulação da norma para que isso não volte a ocorrer”, declarou o secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Marques. Jornal da Chapada com informações de Estadão Conteúdo.