O ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM) analisou nesta segunda-feira (5) em entrevista ao Jornal A TARDE, os problemas deixados pelo Partido dos Trabalhadores (PT) durante 16 anos de atuação, enfatizou estratégias políticas que ele deve utilizar para convencer o eleitorado em 2022 e pontuou que terá “capacidade para governar com qualquer presidente”.
Para o ex-gestor, o PT obteve conquistas importantes durante esses 16 anos, mas há problemas em três áreas que, segundo ele, precisam ser enfrentados: economia, educação e segurança pública. Ainda na visão de ACM, o senador Jaques Wagner, candidato ao governo da Bahia em 2022, tem história e trabalho que dialogam com o passado. “Eu quero conversar com o futuro”, afirma.
Como uma das estratégias políticas que ele deve seguir para as eleições de 2022 está o debate. “Eu pretendo fazer um debate que confronte claramente o passado com o futuro. Nós queremos discutir e dialogar sobre o futuro da Bahia. E eu acho que é isso que os baianos querem”.
Percorrendo a Bahia desde que deixou a prefeitura, ACM Neto analisa que com a ação foi possível perceber a visão do seu trabalho para os baianos durante oito anos como prefeito da capital baiana. “Hoje eu vejo que o que nós fizemos durante oito anos foi algo que repercutiu na Bahia toda e que há esse sentimento de reconhecimento dos baianos ao trabalho de transformação que fizemos na capital”, comentou.
“A Bahia tem o tamanho de um país. Cada região tem as suas próprias características, tem a sua própria peculiaridade. E é fundamental traçar um plano que seja estratégico, que traga uma visão contemporânea, pensando o que cada região deseja para o futuro”, analisa.
ACM pontuou que caso eleito os interesses do Estado estarão em primeiro plano, assim como de Salvador estiveram. “Eu terei a capacidade e a experiência política para governar com qualquer presidente da República. Então, as eleições são distintas, as escolhas são absolutamente distintas, tenho certeza de que os baianos vão saber julgar isso em outubro de 2022. Farão a sua escolha para governador com o seu pensamento, o seu coração, mas farão também a sua escolha para presidente da República”.
Em relação à possível candidatura do atual ministro João Roma para o governo do Estado, ACM enfatiza: “Não sei e não posso falar por ele. Só quem pode falar por ele é ele próprio. Nós não sabemos como é que o desenho da disputa de 2022 vai ficar. (…) Eu não posso fazer prognóstico e não posso falar nem pelo ministro, nem pelo partido dele”.
Além disso, com o rompimento político de ACM e Roma, ao ser questionado se poderia haver uma recomposição, ao se falar no imaginário da política, o político afirmou que não tem mais tratado do assunto. “Quando o deputado João Roma foi escolhido como ministro, eu me posicionei sobre esse assunto. Não tenho mais tratado desse assunto, porque eu tenho outras prioridades e meu foco está voltado para dialogar com os baianos, dialogar com o futuro da Bahia. O que vai acontecer ou não, e articulações políticas futura somente o tempo dirá”. Jornal da Chapada com informações de Jornal A TARDE.