O governador Rui Costa (PT) informou nesta quarta-feira (14) que os professores que não retornarem às salas de aula da rede estadual de ensino da Bahia no dia 26 de julho, terão salário descontado na folha de pagamento no final do mês. A declaração foi feita em entrevista à Rede Bahia.
As atividades letivas estavam suspensas desde março do ano passado em razão da pandemia de covid-19. A definição do retorno foi em razão da diminuição dos números da doença e da ocupação dos leitos clínicos e da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do estado. Além disso, o gestor estadual pontuou que a maioria dos professores já tomou, no mínimo, a primeira dose de um dos imunizantes.
Contudo, o diretor da Associação dos Professores Licenciados do Brasil – Secção da Bahia (APLB-BA), Rui Oliveira, não gostou da decisão do retorno às aulas e pontuou que os profissionais da área de educação só retornam para o ambiente escolar quando a categoria estiver 100% imunizada, ou seja, com as duas doses.
“Foi uma decisão unilateral. Não vai acontecer porque a categoria decidiu que só retorna com a aplicação da primeira e segunda dose, no mais tardar na primeira quinzena de agosto”, disse Oliveira em entrevista à emissora.
O gestor estadual pontuou que é preciso colocar o interesse de educação em primeiro lugar. “Precisamos colocar o interesse da educação em primeiro lugar e da juventude mais pobre […] Dia 26 as aulas retornam e, a partir daí, será contabilizada a frequência para evidente, implicar na remuneração dos professores, assim como outros trabalhadores que são pagos pelos dias que comparecem ao trabalho”.
O retorno, incialmente, vai ocorrer em um modelo híbrido, com metade de cada turma indo à escola às segundas, quartas e sextas; enquanto a outra metade irá às terças, quintas e sábados. Já a volta para as aulas em um modelo completamente presencial ainda não tem data definida e é dependente da queda contínua nos números associados à pandemia, de acordo com o governador. Jornal da Chapada com informações de Rede Bahia e BNews.