A ampla repercussão da notícia da construção de uma réplica da Torre de Pisa em Pedras Grandes, no sul de Santa Catarina, fez o Governo do Estado emitir uma nota de esclarecimento nesta quinta-feira (12). Nela, a Secretaria de Comunicação (Secom) informa que a iniciativa da construção da torre é da prefeitura, sem participação do Estado com qualquer aporte de recursos.
As interpretações equivocadas da notícia foram exploradas em redes sociais, cativando o esclarecimento pelo Estado e repercutindo também no Município. “Até me assustei. Algumas pessoas não entenderam bem, outras fizeram uso político disso aí para atingir a nossa gestão”, aponta o prefeito Agnaldo Filippi (PP).
Ele lançou a novidade sobre a torre no mesmo dia em que o governador Carlos Moisés visitou a cidade para anunciar o investimento de quase R$ 15 milhões na pavimentação da Rodovia da Imigração Italiana. “Esse projeto da torre é um projeto da prefeitura, com recursos que estamos buscando e sem participação do governo estadual”, reforça o prefeito.
Como será a torre
A torre, a ser erguida na praça do distrito de Azambuja, terá 27 metros de altura e 8 de diamêtro. “A nossa referência, que é a torre em Pisa, tem 57 metros de altura e 15 de diâmetro”, destaca o prefeito. “Estamos finalizando o projeto, mas a nossa torre será metálica, com base de contêineres, um cenógrafo experiente vai trabalhar nela e faremos envelopamento com concreto”, detalha.
Filipi relata, ainda, que a exemplo da torre original, a de Pedras Grandes também será inclinada. “Não vamos conseguir uma inclinação igual à da Itália, mas terá sim um pouco”, registra. O prefeito afirma que a estrutura custará entre R$ 1,2 milhão e R$ 1,5 milhão. “Temos a expectativa de uma emenda da deputada Geovania de Sá, de R$ 800 mil, e buscaremos aportes privados”, afirma.
O prefeito vê com entusiasmo o investimento. “A torre vai ser a sede do nosso Museu da Colonização Italiana e comporá um parque temático e cultural. Nela, funcionará um Centro de Apoio Turístico, com informações de Pedras Grandes, Urussanga e de toda a região”, acrescenta. “A manutenção dela será com a prefeitura mesmo, haverá cobrança de ingresso e, do alto dela, teremos uma vista bonita da região”, comenta Filipi.
Azambuja é o ponto de partida da colonização italiana no Sul de Santa Catarina. Ali, os colonizadores pioneiros chegaram em 1877, partindo para outras terras da região. A meta da prefeitura é concluir o projeto da torre de Azambuja em no máximo 90 dias e com o objetivo de entrega da estrutura concluída até o fim de 2022.
Estrada no aguardo de asfalto
O Governo do Estado está investindo em duas obras em pontos distintos da mesma rodovia em Pedras Grandes. Em julho houve o anúncio da pavimentação de 1 quilômetro da SC-390 em um trecho hoje coberto por paralelepípedos. O investimento será de R$ 2,7 milhões e a empresa ganhadora da licitação para executar a obra foi conhecida nesta quinta-feira (12).
A outra obra, lançada pelo governador Carlos Moisés na visita a Pedras Grandes na última sexta-feira (6), é a pavimentação de 7,6 quilômetros de outro ponto da SC-390, no acesso da área central da cidade até o distrito de Azambuja. Nesta, o investimento será de R$ 14,9 milhões. “Em breve essas obras saem do papel e vão colaborar muito para esse passo que queremos dar, de incrementar o turismo pedrasgrandense”, finaliza o prefeito.
A nota da Secom
O comunicado da Secom sobre o carro da torre de Pedras Grandes tem o seguinte teor:
O Governo do Estado informa que não é verídica a informação, divulgada nas redes sociais, de que será feito um investimento de quase R$ 15 milhões para a construção de uma réplica da Torre de Pisa na cidade de Pedras Grandes. Na última semana, o governador Carlos Moisés esteve no município para assinar um convênio com a prefeitura para a pavimentação da Rodovia da Imigração Italiana. O valor será usado nesta obra, que impulsionará o turismo na região Sul do Estado.
A Colônia Azambuja é o berço da colonização italiana em Santa Catarina. Foi pela via que os primeiros colonizadores italianos avançaram em direção ao Sul de Santa Catarina, a partir de 1877. A obra contempla dois trechos ainda não asfaltados entre o distrito de Azambuja e a área central de Pedras Grandes. A execução ficará a cargo da Prefeitura.
Cabe ressaltar que o investimento para a construção de uma réplica da Torre de Pisa, anunciada pela Prefeitura de Pedras Grandes, não tem qualquer participação do Governo do Estado. A redação é do site Nsctotal