O presidente Bolsonaro (sem partido) deve participar de atos promovidos por seus apoiadores no dia 7 de setembro. As manifestações serão pautadas pela deposição dos ministros do STF, voto impresso e ameaças de golpe de Estado.
Dessa maneira, o ocupante do Palácio do Planalto deve participar, pela manhã, no ato que será promovido em Brasília (DF) e a tarde na cidade de São Paulo.
As manifestações bolsonaristas que serão realizadas no dia 7 de setembro, feriado comemorativo da independência do país, estão sendo tratadas pelo presidente e por seus apoiadores como “um último aviso” ao Judiciário e ao Congresso Nacional.
Desde que entrou em rota de colisão com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Luís Roberto Barroso, o presidente tem instado os seus apoiadores a realizarem manifestações no 7 de setembro.
Todavia, Bolsonaro tem afirmado aos seus apoiadores que é necessário levar multidões às ruas.
“Se o ministro Barroso continuar sendo insensível, se o povo assim o desejar, uma concentração na Paulista para dar o último recado, para que entendam o que está acontecendo e passem a ouvir o povo, eu estarei lá”, declarou o presidente em mensagem destinada aos seus apoiadores.
De acordo com o site Metrópoles, o presidente reafirmou a convocação para os atos em mensagem encaminhada para listas de transmissão que tem ministros, amigos e apoiadores.
Escrito em terceira pessoa, o texto diz que o “movimento é para manter o poder” e acusa a esquerda de tentar um golpe de Estado e afirma que, talvez, seja necessário um “contragolpe”, mas que seria mais difícil do que o golpe militar de 1964.
“Foi por estes motivos que o presidente Bolsonaro, no início de agosto em vídeo gravado, pediu para que o povo brasileiro fosse mais uma vez às ruas, na Avenida Paulista, no dia 7 de setembro, dar o último aviso, mas, desta vez, ele reforçou que ‘contingente’ deveria ser absurdamente gigante”, diz parte da mensagem.
Em outro trecho, o texto encaminhado aos apoiadores reforça que é preciso colocar milhares de pessoas nas ruas para mostrar força.
“O tamanho desta manifestação deverá ser o maior já visto na história do país, a ponto de comprovar e apoiar, inclusive internacionalmente, para que dê a ele e às FFAA (Forças Armadas), para que, em caso de um bastante provável e necessário contragolpe que terão que implementar em breve, diante do grave avanço do golpe já em curso há tempo e que agora avança de forma muito mais agressiva, perpetrado pelo Poder Judiciário, esquerda e todo um aparato, inclusive internacional, de interesses escusos”, diz o texto. A redação é do site da Revista Fórum.