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#Eleições2022: “Vou perguntar se é humano, se é civilizado”, diz Lula sobre alianças para candidatura de presidente

Lula lembrou que a sua defesa está há quatro anos pedindo o julgamento do Dallagnol | FOTO: Ricardo Stuckert |

O ex-presidente Lula fez uma sequência de publicações em seu perfil oficial no Twitter nesta sexta-feira (20) explicando quais serão seus critérios para estabelecer alianças na corrida eleitoral do próximo ano. Segundo o líder petista, a conversa será “com todo mundo” e ele não perguntará se seus interlocutores “são de direita ou de esquerda”, mas apenas “se são humanos e civilizados”. O pré-candidato lembrou ainda o período em que esteve preso em Curitiba.

“Minha mãe dizia: quando um não quer, dois não brigam. Eu fiquei preso 580 dias, mas não posso ficar alimentando ódio contra quem falou bobagem de mim. Vou conversar com todo mundo”, escreveu Lula em sua primeira postagem.

O ex-presidente comentou na sequência que os políticos, independentemente do campo ideológico, pensarão em suas bases eleitorais no próximo pleito, o que facilitará a decisão de abandonar o apoio a Jair Bolsonaro. “Quando chegar em julho de 2022 vocês vão ver quantos do centrão vão continuar com o Bolsonaro e quantos vão pular do barco pra tentar se salvar. Como você não tem muitos partidos ideológicos no Brasil, muitos pensam eleitoralmente na cidade deles”, analisou e previu.

“E vamos conversar com todo mundo. Não pergunto pra pessoa se ela tá no centrão ou não, quero ouvir de cada um qual é o compromisso que a pessoa tem com o Brasil. Eu quero saber se eles estão conformados com esse tanto de gente na rua, com esse tanto de gente passando fome”, publicou o homem que governou o país entre os anos de 2003 e 2010.

Para Lula, a forma como seus possíveis apoiadores se classificam no espectro político pouco importa. “Não vou perguntar se a pessoa é de direita ou de esquerda, vou perguntar se é humano. Se é civilizado. Meu lema é o diálogo. É urgente cuidar do Brasil. Por isso em cada estado que eu chego peço pra @gleisi reunir os partidos pra gente conversar”, esclareceu.

Por fim, o ex-presidente falou ainda sobre a tese de polarização extrema, cenário que estaria presente no ambiente político nacional atualmente. Para ele, há sim uma fenda grande que separa os grupos que lutam por poder no país, mas essa divisão não seria da forma como muitos dizem.

“E daí polarização é entre o fascismo e a democracia. E acho que a gente tem que polarizar mesmo. Quem quiser escolher o fascismo vai escolher”, encerrou. A redação é do site da Revista Fórum.

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