O Brasil confirmou dois casos atípicos da doença vaca louca nos frigoríficos de Minas Gerais e Mato Grosso. A doença ficou conhecida mundialmente a partir da década de 1980, após um surto no Reino Unido. A enfermidade torna os animais perigosos e agressivos, fazendo jus ao nome, visto que apresentam sintomas neurológicos e dificuldade para andar.
Os casos registrados no Brasil, da doença fatal para os animais e que acomete bovinos adultos de idade mais avançada, são de “origem atípica” da doença. Logo, não ocorreu em razão de contaminação, no qual poderia afetar mais de um bovino por vez, mas por causa de uma mutação em um único animal.
Embora autoridades afirmem que não há riscos ao comprar ou consumir a carne, ainda assim, o Brasil suspendeu as exportações de carne para a China, visto que o protocolo sanitário que tem com o país asiático prevê a suspensão temporária das vendas nesses casos, mesmo que ainda atípicos. Por isso as vendas para a China ficam suspensas temporariamente.
Assim como nos animais, os humanos podem desenvolver o príon infeccioso naturalmente ou adquirir no consumo de carne infectada. Os seres humanos podem ter sintomas de perda de memória, perda de visão, depressão e insônia. Além disso, cerca de 90% dos indivíduos acometidos evoluem para óbito em um ano, de acordo com o governo federal.
No entanto, como os casos descobertos aqui foram do tipo atípico, sem contaminação para outros animais, não há risco de a carne estar infectada no país, visto que também os dois bovinos foram abatidos e incinerados. E o Ministério da Agricultura afirma que as pessoas podem continuar consumindo as carnes.
Os países importadores do Brasil e a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) já foram notificados sobre os casos atípicos de Minas e Mato Grosso. Em 20 anos de monitoramento da doença no Brasil, nunca foi identificado a forma tradicional da doença, no qual é quando o animal é contaminado em razão de sua alimentação. Jornal da Chapada com informações de O Globo.