Após barrar recursos para o ‘Festival de Jazz do Capão’, em Palmeiras, na Chapada Diamantina, a Secretaria Especial da Cultura do governo Bolsonaro liberou R$114,6 mil, captado pela Lei Rouanet, para um evento intitulado de ‘Festival Cidade Verde’, voltado a “jovens e adultos evangélicos” que acontecerá em Salvador.
O projeto consiste na gravação de um álbum duplo, inédito, de onze músicas cantadas e dez instrumentais de samba gospel, além de oficinas de composição musical. A portaria foi assinada pelo baiano André Porciuncula, coordenador de Fomento à Cultura.
A Lei Rouanet também foi o mesmo mecanismo que o festival havia tentado captar recursos públicos, por meio da Fundação Nacional das Artes (Funarte) há dois meses. O evento obteve negativa no dia 25 de junho, com a justificativa de que o festival tinha cunho “político-ideológico”.
Na ocasião, a fundação apontou a publicação, no qual o festival se descreveu como “antifascista e pela democracia”. O parecer de Ronaldo Gomes contou com citações à Deus e referências religiosas. Gomes foi exonerado no dia 1º de julho.
O valor necessário para coibir os gastos do festival foi transferido pelo escritor Paulo Coelho. Já no mês de agosto, a Justiça Federal da Bahia determinou a suspensão do parecer da Funarte. A decisão atendeu a pedido do Ministério Público Federal (MPF), em razão de uma ação ajuizada por deputados de oposição e pela produção do festival. Jornal da Chapada com informações de Metro1.